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Correio da Manhã

Cultura

Nova lei com taxa que chega aos 20€

Cavaco alerta para “custos injustificados para os consumidores”.
Teresa Oliveira 26 de Maio de 2015 às 20:52
Ao comprar um disco  externo paga- se uma taxa, mesmo que não o use para copiar uma obra protegida por direitos de autor
Ao comprar um disco externo paga- se uma taxa, mesmo que não o use para copiar uma obra protegida por direitos de autor FOTO: Getty Images
O polémico decreto-lei que estende as taxas da cópia privada a todos os equipamentos que permitem armazenar e replicar vídeos, software e música foi promulgado ontem por Cavaco Silva. As taxas variam consoante a capacidade de armazenamento dos equipamentos, mas são fixados tectos que variam entre 7,5, 15 e 20 euros.

O objetivo é compensar os autores por cada cópia de uso privado que um utilizador faça de uma obra recorrendo a equipamentos como discos rígidos, MP3, telemóveis, CD ou pen.

O presidente da República, recorde-se, vetou anteriormente a lei, por considerar que esta continha "custos injustificados para os consumidores". Contactada pelo Correio da Manhã, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) põe em causa a constitucionalidade do diploma e considera que "esta lei é contrária à estratégia do Mercado Único Digital proposta pela Comissão Europeia e que se trata de mais um imposto que os portugueses têm de pagar".

Segundo dados fornecidos ao CM pela secretaria de Estado da Cultura, um computador ou disco rígido externo com capacidades de um TB será taxado a 4 euros; já um tablet com capacidade de 16 GB deverá ter uma taxa de 1,92 euros. A tabela de valores deverá ser revista de dois em dois anos. As taxas são geridas pela Associação para a Gestão da Cópia Privada e redistribuídas pelos detentores de direitos de autor.
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