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Paixão e morte em livro de Moita Flores

‘Segredos de Amor e Sangue' é o novo romance do escritor português.

13 de junho de 2014 às 19:47

Francisco Moita Flores já tinha escrito um guião sobre o mais célebre serial killer que viveu e atuou em território nacional - Diogo Alves, um dos últimos homens a receber a pena de morte no nosso país (1841).

Agora, o escritor de 61 anos regressa a meados do século XIX para assinar ‘Segredos de Amor e Sangue', romance que, no seu entender, "explora melhor um período muito rico da nossa História", uma época em que "Lisboa era uma cidade assolada pelo crime e pelo caos".

"Quando escrevi ‘A Morte de Diogo Alves' [Grande Prémio Ficção da RTP] percebi que o filme não mostrava tudo", explica o autor ao CM. "Tínhamos saído de uma guerra civil, da luta entre miguelistas e liberais, mas o Estado ainda não estava organizado. Faltava uma ordem pública, séria, o que permitiu o nascimento de quadrilhas muito perigosas." Entre elas, adianta, a de Diogo Alves, o galego que atacava no Aqueduto das Águas Livres e cuja cabeça está conservada em formol no teatro anatómico da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

O escritor diz que demorou "cerca de dez ou onze meses" a escrever o livro - que é narrado ao leitor através dos olhos e da voz de um taberneiro de Alfama chamado Manuel Alcanhões - mas que, entretanto, já deu início ao seu próximo projeto. Um romance sobre Luísa de Gusmão, "essa mulher tão importante para Portugal e tão maltratada pela História."

‘Segredos de Amor e Sangue', que é uma edição da Casa das Letras, tem lançamento marcado para o próximo dia 18, na Mãe d'Água, em Lisboa, e a apresentação estará a cargo do advogado António Garcia Pereira.

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