O cavaleiro Paulo Caetano lidou o primeiro toiro da noite, de ferro Passanha, e desenvolveu uma lide muito correcta, preparando as sortes com mestria, cravando os ferros no sítio e rematando tal como se exige.
Sem gestos bruscos, sem gritarias tudo foi executado com serenidade e classe. A seu filho João Caetano coube a lide do 4º. da ordem, toiro Passanha também, mas menos colaborante. João, a atravessar um bom momento, deixou dois ou três curtos muito bem preparados e bastante aplaudidos.
Uma boa lide que mereceu a volta a arena. Os forcados Pedro Miranda e Miguel Nunes, dos amadores de Lisboa fecharam-se bem à 2ª. tentativa. Na lide a pé saliente-se o matador Vitor Mendes, no 2º da ordem, ao desenvolver uma faena variada pelos dois "pitons", com relevo para os "derechazos", passes circulares invertidos, rematados com passes por alto, molinetes e passes afarolados.
Faena com o cunho do experiente e valoroso matador. No seu segundo o Maestro Vitor, embora se tivesse esforçado ao máximo, pouco conseguiu tirar do manso de Oliveiras, ganadaria destinada à lide a pé.
O novilheiro Manuel Dias Gomes, brindou a faena ao seu avô Augusto Gomes, mas o toiro não colaborou e não deu hipótese de êxito. Todavia, no último toiro da noite, o jovem novilheiro mostrou todo o seu valor e bordou uma faena de imenso mérito, mostrando um reportório muito completo que o público aplaudiu e acompanhou com olés.
De facto, depois de se distinguir com o capote, através de verónicas e "tafalleras", rematadas com "revolera", executou uma faena variada, brilhante mesmo e profunda, premiada com volta arena sob forte ovação. O espectáculo foi dirigido por Lourenço Luzio, assessorado pelo veterinário Jorge Moreira da Silva.