Em minutos juntaram-se cerca de 1200 pessoas para "uma noite de lados B" que não esqueceu o disco ‘Amor, Escárnio e Mal-Dizer’. A certo momento, Pac acendeu um cigarro antes de dar início a ‘(No Princípio era) O Verbo’, seguindo-se o hino ‘Dou-lhe com a Alma’.
Antes houve animação de rua, para pouca gente. Com restaurantes de porta aberta como ‘O da Manecas’, virado para o palco onde os Custom Circus juntavam sons pesados a jogos de fogo. Já o humorista Francisco Menezes não esqueceu Michael Jackson. "Para quem pensava que era esquisito, era preciso ver a família", ironizou.
A produção promete que os espectáculos terminarão sempre antes das 23h00, devido ao ruído. Mas há arestas a limar, como a exposição dedicada a Raul Solnado, que só avançará na quarta-feira.
"Lidámos com maldispostos mas valeu a pena. Queremos dizer às pessoas que temos o espaço à sua disposição", disse o director da produtora UAU, Paulo Dias.
Do outro lado, no Teatro Maria Vitória, Francisco Nicholson fez uma pausa nos ensaios da revista ‘Agarra, que é Honesto’ e observou as primeiras entradas no recinto. Assumiu que vê a iniciativa com agrado mas prefere esperar para ver.
REACÇÕES
"SÓ HÁ GRANDE ANIMAÇÃO COM TEATROS REABERTOS": Francisco Nicholson, Actor, 71 anos
"Espero que as pessoas venham e se divirtam mas só há grande animação do Parque Mayer com teatros reabertos. Não faço críticas a um presidente da câmara mas a vários, por haver tantos teatros fechados."
"QUANDO ERA CATRAIA VINHA COM FREQUÊNCIA": Deolinda Ramos, Reformada, 66 anos
"Cheguei agora mesmo e isto para mim é tudo novo. Estou a gostar, é muito diferente, e quero ver se venho mais vezes. Quando era catraia vinha aqui com frequência. Estou sempre a par do que se passa com o Parque Mayer."
"ESPECTÁCULOS NADA TÊM A VER COM OS DE ANTES": José Pires, Supervisor de aviação, 55 anos
"Vim por ser o primeiro dia e porque o meu filho me comprou o bilhete. Estou a gostar, mas estes espectáculos nada têm a ver com os de antes. Nem sequer havia muitos concertos e o Parque tinha mais restaurantes."
"SINCERAMENTE, NÃO VIM PELA MEMÓRIA DO PARQUE": Cátia Carrola, Estudante, 23 anos
"Vim por causa dos Da Weasel. Sinceramente, não vim pela memória do Parque Mayer. Vim de propósito da Covilhã para ver o grupo, porque sei que vão dar um concerto diferente. Estou mesmo só à espera deles."