Músico diz que tradição, que já leva 26 anos, "sempre foi uma espécie de uma luz no Bairro Alto".
Cumprindo uma tradição iniciada há 26 anos, o músico Paulo Furtado, The Legendary Tigerman, vai atuar esta quinta e na sexta-feira na Galeria Zé dos Bois (ZDB), em Lisboa, e os dois concertos estão esgotados.
O músico contou à agência Lusa que não quis "deixar cair uma tradição que sempre foi uma espécie de uma luz no Bairro Alto"; uma tradição iniciada em 1999 naquele espaço cultural.
Paulo Furtado fez pela primeira vez o concerto "Fuck Christmas I Got The Blues" na ZDB no dia 25 de dezembro de 1999, num tempo em que estava a lançar o 'alter ego' The Legendary Tigerman, ainda sem qualquer álbum a solo editado.
"Quando começámos não havia mais nada [no Bairro Alto]. Era o único sítio que estava aberto no Bairro Alto e provavelmente não havia muitos sítios abertos em Lisboa e era um bocadinho... Para quem estava sozinho, sem família ou por qualquer outra razão, tinha um espaço onde, de alguma forma, havia uma espécie de comunhão", contou.
Nesse primeiro concerto estiveram poucas pessoas, mas Paulo Furtado manteve o ritual natalício -- mesmo para quem o natal tinha pouco significado -- e "Fuck Christmas I Got The Blues" foi conquistando público, que esgota consecutiva e anualmente uma ou mais datas.
Este ano, Paulo Furtado contará com os músicos Mike Ghost (bateria) e João Cabrita (saxofone), e nas duas noites atuará também o músico português Ray, cujo álbum "Buffalo" foi produzido pelo anfitrião.
"São sempre espetáculos muito diferentes para mim, em que toco muitas vezes canções que não toco no ano inteiro, que não toco há muitos anos; não têm a ver com os espectáculos normais e são uma espécie de espectáculos cerimoniais que são muito importantes para muita gente e são importantes para mim também", afirmou.
Estas duas datas fecham um ano em que Paulo Furtado assinalou os 15 anos do lançamento do álbum "Femina", com concertos e uma edição discográfica ao vivo, e em que continuou a apresentar o álbum "Zeitgeist", de 2023, e a compor num estúdio, agora no campo.
"Foi um ano em que tive muito trabalho, em que cada vez mais percebi que quero fazer bandas sonoras. Foi o primeiro ano em que saio da cidade para o campo e estou a descobrir um Paulo que passa a manhã em hortas e a alimentar animais e depois vai para o estúdio trabalhar umas horas", comentou.
Foi também um ano em que nasceu o primeiro filho do músico, e por causa da paternidade quase ponderou não fazer o concerto de Natal na ZDB, mas manteve a tradição: "Não era muito ético musicalmente da minha parte ser uma alma um bocadinho menos perdida neste momento e não fazer".
Paulo Furtado, que se lançou a solo como The Legendary Tigerman em 2001, com o álbum "Naked Blues", prevê um novo ano preenchido.
À Lusa antecipou que está a preparar a banda sonora para dois filmes portugueses, para uma produção norte-americana e também para um documentário italiano.
Está também a desenvolver um projeto, "entre o cinema, a poesia e a música", de realidade aumentada e virtual, com Yolanda Correia e Eduardo Brito, para apresentar, depois do verão de 2026, no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa.
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