"De início pensamos sempre que só se iriam candidatar pessoas ligadas à moda, mas a verdade é que isso não acontece: já tivemos arquitectos, jardineiros ou futebolistas. Mas qualquer um dos voluntários vem essencialmente à procura da luz, do brilho, do 'glamour' que a semana da moda tem", afirma o assistente de produção responsável pela equipa de voluntários, Paulo Subtil.
Ao todo são 47 voluntários que procuram "conhecer como funciona um evento desta dimensão".
É o caso de Alexandre Maldonado, de 23 anos: "Queria saber como é que funciona a ModaLisboa, conhecer os meandros do evento, como se organiza um desfile e tudo o que é necessário para poder produzir o que o espectador vê", conta.
O estudante de comunicação, que durante esta semana de moda tem como função sentar os convidados nos seus lugares, já aprendeu "de tudo um pouco para perceber como é que o evento funciona".
Também Maria Teixeira, de 19 anos, quis "ver o que está por detrás do evento" e a "curiosidade" levou a inscrever-se no voluntariado.
Estes dois voluntários têm também o gosto pela moda: se o que atrai Alexandre é a "individualidade", o que fascina Maria é "a constante evolução" das criações.
Apesar de o interesse pela moda funcionar como um 'pré requisito' na selecção de voluntários, Paulo Subtil afirma que "não é preciso ser uma vítima da moda".
O assistente de produção indica que "é preciso respeitar todo o trabalho que a moda envolve, mas não se tem de seguir as tendências tipo 'fashion victim'", isto porque "há pessoas que [quando se candidatam] não sabem muito bem porque é que querem participar, o que é a ModaLisboa ou nem conhecem os próprios criados", admite.
A equipa de voluntários tem como objectivo auxiliar a produção do evento nos bastidores, junto à passerelle - onde sentam os convidados e os média - e no controlo das entradas.
Este projecto existe desde há sete edições e desde então, refere Paulo Subtil, a organização da semana de moda lisboeta "nunca desistiu de formar estas equipas".