COMO SE FOSSE PELO TÍTULO

Ambas formações só foram eliminadas nas meias-finais pelas poderosas Alemanha e Brasil, o que constituiu as melhores prestações em Mundiais, mas a fraca cultura futebolística dos dois países faz com que os responsáveis encarem este embate como o mais importante de todos.

Se Turquia e Coreia do Sul já fizeram o suficiente para que os seus jogadores e treinadores sejam considerados heróis, então porque não eternizá-los no futebol dos respectivos países?

A Coreia do Sul vai mesmo tentar quebrar um enguiço de 24 anos: desde o Argentina’78 que uma equipa não europeia não conquista o 3.º lugar, pelo que os responsáveis coreanos vão tentar escrever mais uma página na história dos Mundiais. Mas sobre Hiddink recairá o “fantasma” do Mundial’98, quando comandava a selecção holandesa, altura em que viu o 3º lugar fugir para a também surpreendente Croácia.

Apoio não faltará dentro e fora do relvado aos orientados de Guus Hiddink, mas a Turquia não vai estar pelos ajustes, já que não quer só o 3º lugar do Mundial, como também pretende ainda contrariar a onda de euforia que se vive em redor dos anfitriões.

No entanto, o seleccionador Senol Gunes não vai poder contar com a prestação de Hasan Sas - jogador que tem sido fundamental na manobra ofensiva da equipa -, já que viu um cartão amarelo no último minuto das meias-finais frente ao Brasil. Ainda assim, Ilhan Mansiz e o veterano Hakan Sukur já provaram que são capazes de desequilibrar a qualquer momento.

Do lado contrário, os jogadores coreanos querem dar uma alegria ainda maior ao seu povo, que deverá sair mais uma vez às ruas aos milhões para festejar... o 3.º ou o 4.º lugar.

Os dois seleccionadores já disseram que entre as duas equipas não existem segredos, pelo que a vitória final deverá pender para o conjunto mais determinado em dar nova alegria ao seu país.