Erros de 'casting'

O defesa brasileiro Bruno Cortez é o mais recente membro do clube, bem pouco restrito, das contratações falhadas do Benfica na era Jorge Jesus.

Aposta clara do treinador das águias para a lateral esquerda da defesa nas três primeiras jornadas da Liga, Cortez recebeu nesta semana duas moções de desconfiança que praticamente lhe sentenciam o futuro na Luz: a chegada in extremis de mais um reforço para a sua posição, Siqueira, e o corte do seu nome na lista de inscritos para jogar na Liga dos Campeões. De titular absoluto passa a potencial proscrito. Em menos de um mês.

As avaliações técnicas feitas nos jogos realizados deixaram poucas dúvidas à maior parte dos observadores, para os quais Bruno Cortez não apresentou qualidades que justificassem a contratação. Por isso, parece bem menos estranha a decisão de o deixar cair do que a opção de o comprar. O que suscita embaraçosas questões à forma como é gerida a política de contratações na Luz.

Do mal o menos, Cortez chegou ao Benfica a título de empréstimo, cedido pelo São Paulo. As águias apenas têm o encargo das remunerações mensais. Caso queira exercer o direito de preferência, no final da época, o Benfica terá de desembolsar cinco milhões de euros.

Cinco milhões de euros foi precisamente a verba paga ao Arsenal de Sarandí, da Argentina, pelo passe do central Lisandro López. Jogador que já foi cedido ao Getafe, de Espanha, em mais uma decisão surpreendente. Ou talvez não. Desde 2009, altura em que Jorge Jesus chegou à Luz, houve mais de 20 contratações falhadas no Benfica. Nestas páginas apresentamos 22, já com Cortez e Lisandro. Ou seja, duas equipas de futebol.

20 'FLOPS' DA ERA JESUS

Rodrigo Mora

Daniel Wass

Jose Luis Fernandez

Jara

Patric

Keiirrison

Airton

Eder Luís

Felipe Meneses

Roberto

Yannick Djaló

Capdevilla

Michel

Sidnei

Luisinho

Nuno Coelho

Carole

Fábio Faria

Shaffer

César Peixoto