ESTÁTUA VAI IMORTALIZAR JJ
Cerca de meio milhar de pessoas, entre as quais muitas figuras ligadas ao mundo do futebol, fizeram questão de prestar ontem uma última homenagem a Jacinto João. O popular ‘Jota Jota’, como era conhecido, faleceu aos 60 anos anteontem de manhã vítima de AVC (Acidente Vascular Cerebral).
Ontem, dia do funeral de Jacinto João, unanimemente considerado o melhor jogador da história do Vitória de Setúbal, Chumbita Nunes, presidente dos sadinos, anunciou que vai ser erguida no estádio do Bonfim uma estátua para homenagear ‘Jota Jota’. “Queremos perpetuar para sempre a glória de um magnífico jogador. Na entrada principal do estádio do Bonfim, vai ser colocada uma estátua de corpo inteiro para imortalizar o Jacinto João.”
O líder dos vitorianos, que reconheceu que é um erro humano esperar pela morte para dar o devido reconhecimento a quem o merece, confirmou que vai ser realizada uma homenagem durante o 94.º aniversário do clube.
Entre as cerca de cinco centenas de pessoas que acompanharam o funeral de Jacinto João, do estádio ao cemitério de Algeruz, destacava-se o plantel dos sadinos.
No entanto, foram muitas as figuras de antigamente e da actualidade que marcaram presença. Carlos Carvalhal, Manuel Fernandes, Jorge Jesus, José Rachão, Hernâni, Edmundo, Fernando Tomé, José Mendes, Vaz, Dinis Vital, Jaime Graça, Herculano, Conhé, Carlos Cardoso, Manuel Oliveira, Figueiredo, Pedro Gomes, entre outros. Além de familiares e amigos, muitos adeptos vitorianos fizeram questão de estar presentes no dia da derradeira viagem do ‘Jotinha’, como era carinhosamente chamado por muitos.
ELOGIOS DE COUCEIRO
José Couceiro, treinador dos sadinos, não tem dúvidas em considerar Jacinto João como um dos principais responsáveis pelo facto dos adeptos vitorianos serem tão exigentes.
“Nos anos 60 e 70, em que jogavam no Vitória jogadores de categoria superior, que davam cartas por esses campos fora, Jacinto João era talvez o maior símbolo da equipa. A influência de ‘JJ’ foi tão grande que a exigência dos adeptos, que subsiste ainda hoje, deve-se em boa parte ao Jacinto João”, disse.
O timoneiro dos sadinos, que recorda o dia em que chegou ao Bonfim e em que ‘JJ’ foi recebê-lo, lembra-se de ver o extremo jogar e garante que era uma delícia. “Como jogador e pessoa sempre foi grande. Era único.”
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