André Geraldes: "Tinha o clube virado ao contrário. Estava a fazer o papel da ONU"

Antigo team manager do Sporting está indiciado por corrupção desportiva no processo Cashball.

19 de novembro de 2018 às 22:00
André Geraldes e Bruno de Carvalho Foto: Pedro Ferreira
André Geraldes
André Geraldes foi team manager da equipa do Sporting Foto: Direitos Reservados
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André Geraldes Foto: DR

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André Geraldes, ex-team manager do Sporting, está indiciado por corrupção desportiva no processo Cashball, mas livrou-se da investigação que vai julgar o ataque à academia de Alcochete. Esta noite, o ex-braço direito de Bruno de Carvalho quebrou o silêncio no programa "Pé em Riste", da CMTV.

Processo 'Cashball'

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"Evidentemente que não. Não sou corrupto", respondeu quando questionado se era corrupto, durante uma entrevista exclusiva à CMTV. "Estou de consciência tranquila e as pessoas que me conhecem sabem o valor que posso acrescentar aos clubes. Aguardo com serenidade o desenvolvimento da investigação.

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Há-de ser feita justiça", acrescentou, recordando que não podia dar mais detalhes sobre a investigação que ainda se encontra em segredo de justiça.

Confrontado com algumas das mensagens que lhe foram atribuídas e que originaram a investigação do processo Cashball, Geraldes negou que tenha sido o autor das mesmas.

"O Ministério Público terá que provar que esta mensagem saiu do meu equipamento", atirou. "Não conheço esta mensagem", acrescentou ainda, além de referir que Bruno de Carvalho "nunca" lhe pediu para subornar ninguém.

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"Podemos estar aqui a noite toda mas eu não vou sair disto. O processo está em segredo de justiça, não vou beliscar a justiça. Se calhar, vamos descobrir outra verdade no final de tudo isto", disse também. 

Ataque a Alcochete

O antigo dirigente falou ainda sobre o ataque à Academia de Alcochete, começando por recordar o momento de instabilidade que se vivia em Alvalade em Maio. "O André Geraldes tinha a responsabilidade de gerir o futebol profissional. Se recuarmos à altura dos factos, o André Geraldes tinha o clube virado ao contrário, não sabia se tinha treinador despedido ou não. Tinha uma data de coisas para lidar, estava a tentar fazer o papel da ONU...", explicou, quando questionado se teria feito tudo para evitar o ataque ao centro de treinos.

"Cada pessoa tem uma pasta numa estrutura de uma SAD. Há quem tivesse essa responsabilidade."

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Geraldes recusou ainda comentar a possibilidade de BdC estar de alguma maneira envolvido com os incidentes de 15 de Maio, tal como defende a acusação da investigação liderada pela procuradora Cândida Vilar. 

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"Quero acreditar que nenhum presidente do Sporting pediria às pessoas para fazerem o que se vê nas imagens" do ataque a Alcochete, frisou. "Bruno de Carvalho foi meu presidente de cinco anos. Não contem com um achincalhamento público. Eu penso pela minha cabeça, não penso a reboque de ninguém. BdC fez um excelente primeiro mandato, um excelente início de segundo. Mas o próprio já assumiu que, a partir de Janeiro, as coisas não lhe saíram tão bem." 

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