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FC Porto SAD com prejuízo de 21 milhões de euros na época 2023/24

Compara com o prejuízo de 48 milhões de euros no exercício anterior.

31 de outubro de 2024 às 23:15

 A FC Porto SAD registou um resultado líquido negativo de 21 milhões de euros (ME) na temporada de 2023/24, que compara com o prejuízo de 48 milhões de euros no exercício anterior, revelaram esta quinta-feira os 'azuis e brancos'.

"Os resultados finais do exercício de 2023/24, que cobre o período compreendido entre 01 de julho de 2023 e 30 de junho de 2024, correspondem ao encerrar de um ciclo, da responsabilidade da anterior administração, que terminou o seu mandato em 27 de maio deste ano. O atual Conselho de Administração apenas tomou posse no dia 28 de maio de 2024", realçou André Villas-Boas, presidente do clube e da SAD portista, no relatório e contas divulgado através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Apesar do desagravamento significativo do prejuízo, que recuou 27 milhões de euros, trata-se da segunda época consecutiva de resultados negativos para a FC Porto SAD, depois de dois exercício positivos: 19,3 milhões de eurosem 2020/21 e 20,8 milhões de euros em 2021/22.

Os resultados operacionais, excluindo resultados com passes de jogadores, foram negativos em cerca de dois milhões de euros, quando tinham sido praticamente nulos no exercício homólogo.

Tanto os proveitos como os custos operacionais, excluindo passes de jogadores, cresceram no período em análise. Os proveitos ascenderam a 174,5 milhões de euros(mais 5% face à época anterior), enquanto os custos foram de 176,5 milhões de euros(mais 6%).

Já os resultados relacionados com passes de jogadores atingiram os 9,2 milhões de euros, o que contrasta com os 24 milhões de eurosnegativos obtidos em 2022/2023.

E os custos associados às amortizações e perdas por imparidade com passes diminuíram 5,8 milhões de euros, e os resultados com cedência de passes de jogadores cresceram 27,6 milhões de euros, tendo contribuído com 41,6 milhões de eurospara o resultado.

Assim, os resultados operacionais foram positivos, em 7,2 milhões de euros, o que representa um acréscimo considerável relativamente aos alcançados em 2022/2023, que foram negativos em 24,2 milhões de euros.

O ativo, no montante de 407 milhões de euros, reflete um aumento global de quase 51 milhões de eurosface a 30 de junho de 2023, principalmente devido ao incremento nos ativos fixos tangíveis (Estádio do Dragão), após a alteração da política contabilística para esta rubrica.

Por seu turno, o passivo diminuiu 11,4 milhões de eurosno período em análise, para 520,9 milhões de euros.

Assim, o capital próprio atingiu o valor de 113,8 milhões de eurosnegativos, o que compara com 175,9 milhões de eurosnegativos no período homólogo, em grande parte devido ao resultado da reavaliação contabilística do Estádio do Dragão, conduzida pela empresa internacional Crowe.

Em 31 de dezembro de 2023, durante o mandato de Pinto da Costa, a avaliação do recinto dos 'azuis e brancos', que foi posteriormente "desafiada" pela CMVM, foi fixada nos 279 milhões de euros, tendo baixado na nova avaliação de 30 de junho de 2024 para 213 milhões de euros, menos 66 milhões de euros, mas, mesmo assim, superior em 46 milhões de eurosface aos 167 milhões de euros estabelecidos antes da revisão do final do ano de 2023 que influenciou decisivamente o aumento do ativo da SAD portista.

Na mais recente avaliação, que ainda não está refletida nas contas esta quinta-feira apresentadas, foram alteradas as variáveis utilizadas para o cálculo do justo valor, nomeadamente a utilização da renda expectável pela utilização do Estádio do Dragão.

Desportivamente, a SAD dos 'dragões' reconheceu que "a época ficou abaixo das expectativas e objetivo principal, a conquista do título de campeão nacional", salientando que, ainda assim, e apesar de ter perdido a Supertaça para o Benfica (2-0), o FC Porto - que era treinado por Sérgio Conceição - conquistou mais uma Taça de Portugal, a 20.ª do seu palmarés e a terceira seguida.

"Alicerçados numa nova governança, a adaptação a novos padrões de gestão, acompanhando as boas práticas e assegurando a transparência na sua atuação, permitirão quer aos seguidores do clube, nomeadamente os seus associados, quer os restantes 'stakeholders' vir a reencontrar, num futuro próximo, um FC Porto liderante, para além do sucesso desportivo, também nos seus resultados económicos, sociais e financeiros", rematou André Villas-Boas.

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