"Das seis assembleias-gerais comuns previstas no artigo 33.º dos Estatutos do Vitória Futebol Clube (Vitória de Setúbal) para o período de Julho de 2009 a 31 Dezembro de 2011, apenas se realizou uma", afirma o dirigente na carta de demissão, à qual a agência Lusa teve acesso.
Segundo João Martins, a actual direcção tem vindo a fazer uma gestão corrente do clube e da Sociedade Anónima Desportiva (SAD), "sem estratégia a curto, médio e longo prazo, com despesas que um clube endividado não pode efectuar".
O dirigente demissionário do Vitória de Setúbal denuncia ainda o que diz ser a admissão de pessoal "obedecendo a critérios de amizade e familiares", considerando que estes actos são "eticamente reprováveis" e, segundo afirma, não foram objecto de deliberação nas reuniões de Direcção.
João Martins sustenta também que a SAD - detida em cerca de 90 por cento pelo Vitória de Setúbal - está a ser "gerida de uma forma blindada, sem prestação de contas ao clube (...), permitindo impunidade total a uma gestão de alto risco para o futuro do futebol profissional".
Na carta de demissão, João Martins critica ainda o facto de a actual direcção não ter amortizado o financiamento que permitiu melhorar a iluminação do estádio do Bonfim.