Portugal continua a somar medalhas nos III Campeonatos Mundiais de Atletismo para Deficientes, que hoje terminam em Lille, França, com os atletas nacionais a conquistarem no dia de ontem mais quatro (uma de ouro, duas de prata e uma de bronze).
Metal para todos os gostos, numa jornada em que Portugal esteve representado em sete finais.
Logo pela manhã, Portugal conquistou três medalhas, uma de ouro e duas de prata, depois das prestações de Gabriel Potra (200 metros amblíope), Carlos Lopes (200 metros cegos totais) e José Alves (400 metros amblíope), respectivamente.
Aliás, a comitiva lusa poderia ter arrecadado mais um título no final do dia, não fosse alvo do azar na estafeta de 4x400 metros. O quarteto nacional - Carlos Lopes, José Alves, José Gameiro e Gabriel Potra -, recordista do Mundo (3.27,89) e campeão paralímpico e europeu, não foi além do lugar mais baixo do pódio, depois de se envolver numa carambola quando um espanhol, que terminava o segundo percurso, chocou com José Gameiro (cego total) e o atleta-guia Carlos Custódio, caindo e obstruindo a sua passagem.
O atleta luso, que ia receber o testemunho de José Alves para o terceiro percurso, foi arrastado na queda tendo sido momentaneamente impedido de seguir a prova.
Portugal apresentou protesto no final, argumentando que, depois da queda, o espanhol devia ter-se levantado de imediato e, como não o fez, impediu a progressão da equipa portuguesa. Os juízes, contudo, não aceitaram os argumentos.
O dia português começou à luz da prata, depois de Carlos Lopes ter ficado em 2.º nos 200 metros.
Cerca de meia-hora depois, Gabriel Potra, recordista dos 200 metros amblíopes, com 22,34 segundos, voltou a subir ao mais alto lugar do pódio, desta feita cortando a meta em 22,93.
"Dei o meu melhor. Estou muito desgastado das outras provas, por isso acho que estou de parabéns. O meu objectivo era este", afirmou, confessando que os resultados obtidos nos mundiais excederam as suas expectativas (duas medalhas de ouro e uma de prata nos 4x100).
Trinta minutos volvidos, José Alves bateu o recorde europeu ao passar a linha da meta nos 400 metros amblíopes em 49,68 segundos, conquistando a segunda medalha de prata, depois da estafeta 4x100.
"Estou completamente estoirado. Dei o que tinha e o que não tinha. Bati o meu recorde e o da Europa o que foi além das minhas expectativas", confessou.
Graça Fernandes (400 metros, deficiência mental), Maria Odete Fiúza (1.500 metros T12 amblíope) e Mário Parrulas (5.000 metros T12), não tiveram a mesma sorte que os colegas. Graça Fernandes não foi além do 4º lugar (68,74), Odete Fiúza abandonou e Mário Parrulas ficou em 5.º, registando 17.12,40 minutos.
CARLOS FERREIRA ATACA MARATONA
O maratonista Carlos Ferreira é uma das grandes esperanças portuguesas para trazer mais uma medalha dos Mundiais de Atletismo para Deficientes.
Independemente do metal a conquistar, certo é que Carlos Ferreira tem todas as condições para subir a um lugar do pódio, uma vez que recordista do Mundo da distância, com o tempo de 2.38, 27 horas e campeão paralímpico da especialidade.
Carlos Ferreira, de 33 anos, perdeu a visão num acidente de automóvel, isto quando tinha 22 anos, e na sua carreira de desportista já conquistou 16 medalhas (sete de ouro, seis de prata e três de bronze). Na última maratona que venceu, em Sydney, viveu um episódio pouco comum. “Tive de parar cerca do quilómetro 27 para ir à casa de banho, já que não aguentava mais. O engraçado é que quando retomei a prova o meu principal adversário ainda não tinha passado”, adiantou à Infordesporto. Os guias de Carlos Lopes ao longo dos 42 quilómetros vão ser Carlos Borges e Hélder Machado, que vão tentar ajudar o atleta a superar o queniano Henry Wankoike, favorito à vitória e já vencedor da prova de 5.000 e 10.000 metros.
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