Treinador revelou estar em desacordo com política desportiva do clube francês.
André Villas-Boas apresentou a demissão do Marselha, deixando bem claro as razões que levaram a esta decisão.
"Apresentei a minha demissão por não concordar com a política desportiva. Não quero nada do Olympique Marseille. Não quero dinheiro. Só quero ir embora", disse.
O treinador português explicou um dos motivos da rutura, a chegada de Olivier Ntcham ao clube: "É um jogador para o qual eu disse não. Não estava na nossa lista".
O Marselha garantiu Olivier Ntcham por empréstimo dos escoceses do Celtic até ao final da temporada. O médio francês, de 24 anos, regressou assim ao país de origem depois de ter saído em 2012/13 para o Manchester City, sendo emprestado por duas ocasiões ao Génova, até assentar em Glasgow, em 2017/18, onde disputou 147 jogos e marcou 24 golos, conquistando três ligas escocesas e duas taças da Escócia.
Marselha suspende e instaura processo disciplinar a André Villas-Boas
"Esta decisão tornou-se inevitável, devido à recente repetição de ações e atitudes que prejudicam gravemente a instituição e os seus funcionários, que a defendem diariamente. Os comentários feitos hoje, em particular sobre Pablo Longoria, diretor do futebol, são inaceitáveis. Eventuais sanções serão aplicadas na sequência de um procedimento disciplinar", lê-se num comunicado do Marselha.
Horas antes, em conferência de imprensa, Villas-Boas revelou que tinha apresentado a demissão do cargo de treinador do Marselha, por discordar da política desportiva da direção do clube da liga francesa.
"Não quero nada do Marselha, nem dinheiro. Só quero ir-me embora", afirmou o técnico português, em conferência de imprensa, garantindo que aguarda uma resposta da direção, com a qual admitiu ter tido um desentendimento na 'janela de transferências', cujo período terminou na segunda-feira.
Villas-Boas, que chegou ao clube francês no início da temporada 2019/20, disse ser contra a contratação do médio francês Olivier Ntacham, emprestado pelos escoceses do Celtic, e admitiu ter sabido "em cima da hora" da saída do extremo Nemanja Radonjic para o Hertha Berlim.
"O meu profissionalismo foi tocado e isso não posso aceitar", frisou o técnico, de 43 anos, que na sua primeira temporada levou o Marselha ao segundo lugar do campeonato francês e garantiu o acesso à Liga dos Campeões.
O Marselha vive agora uma situação desportiva complicada, com três derrotas consecutivas na liga francesa, ocupando a nona posição da tabela, a 16 pontos do líder Lille, embora com dois jogos a menos.
No sábado, dezenas de adeptos, 25 dos quais acabaram detidos, invadiram o centro de treinos do clube, para protestar contra a direção do clube, designadamente o presidente Jacques-Henri Eyraud.
O jornal La Provence, que publicou um vídeo com uma árvore a arder à porta do complexo, descreve uma cena com vários artefactos pirotécnicos acionados ou arremessados, com o L'Équipe a explicar que a invasão foi premeditada.
A invasão da 'commanderie', nome dado ao centro de treinos dos marselheses, levou a que a Liga francesa de futebol adiasse a receção ao Rennes, agendada para esse dia.
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