Bruno de Carvalho troca clássico por vouchers
Presidente leonino tem fugido a questões relacionadas com o clássico de sábado, no Dragão, entre FC Porto e Sporting.
Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, tem fugido ao tema do clássico de sábado entre o FC Porto e o Sporting (decisivo para os leões), mas congratula-se com a investigação que o Ministério Público está a fazer às prendas do Benfica aos árbitros no designado ‘caso dos vouchers’.
"Fico contente que o Ministério Público esteja a fazer o seu trabalho. É uma situação que tem de mudar. Estou satisfeito porque está a ser feita justiça", disse o líder leonino, após a notícia de ontem do Correio da Manhã de que os árbitros e delegados da Liga que receberam o ‘kit Eusébio’ e os vouchers de refeição do Benfica estão a ser notificados para prestarem declarações na polícia.
Bruno de Carvalho falou ao Correio da Manhã depois de ter sido recebido pelo grupo parlamentar do PSD na Assembleia da República, onde foi dar as conhecer as suas medidas anticorrupção no futebol. "É importante que Portugal tome a dianteira neste tema. Há uma vontade muito grande dos grupos parlamentares com quem temos falado para haver alterações", disse.
No entanto, o CM sabe que o tema dos vouchers não foi abordado com os deputados. O caso foi denunciado por Bruno de Carvalho no dia 6 de outubro de 2015. O líder leonino acusou o Benfica de dar prendas no valor de 250 mil euros aos árbitros. As ofertas eram destinadas às equipas de arbitragem (4 elementos), aos dois delegados e ao observador da Liga nos jogos realizados no Estádio da Luz e no Seixal (equipa B). Além do ‘kit Eusébio’ (custo de 60 euros cada), havia um voucher de quatro refeições. Ao todo, seriam 28 refeições por jogo, que, segundo Bruno de Carvalho, poderiam custar entre 500 e 600 euros.
A investigação, a cargo do DIAP de Lisboa, está em curso e o próximo passo será recolher os depoimentos dos árbitros que estiveram nos jogos da Luz e no Seixal nas épocas de 2014/15 e 2015/16. O caso está em segredo de justiça.
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