Sala secreta no Estádio do Dragão para os mails do Benfica

Só Francisco J. Marques e Diogo Faria tinham acessos. Benfica pede 17,7 milhões de euros ao FC Porto em tribunal.

30 de março de 2019 às 10:23
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O FC Porto tinha um computador usado exclusivamente para armazenar os emails do Benfica. O computador estava numa sala de acesso restrito e só eu e o Francisco J. Marques é que tínhamos a password".

As declarações são de Diogo Faria, funcionário dos dragões e coautor do livro ‘O Polvo Encarnado’, esta sexta-feira, durante o julgamento, no tribunal do Porto, em que o Benfica exige 17,7 milhões de euros.

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Os encarnados alegam danos financeiros provocados pela divulgação dos emails, no programa ‘Universo Porto da Bancada’, transmitido pelo Porto Canal. Os conteúdos indicariam a existência de um esquema de corrupção. "Sei que o Francisco J. Marques recebia os emails enviados do endereço ‘elements123@tutanota.com’", revelou Diogo Faria.

"O nosso objetivo era analisar as caixas de correio para ver se existiria informação de interesse público e confirmar as suspeitas que já existiam no futebol português", acrescentou. O computador não estava conectado à rede interna do clube.

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O juiz questionou Diogo Faria sobre uma ligação a Rui Pinto. O ‘pirata informático’ do Benfica é associado à entrada no sistema informático das águias. "Fui colega do Rui Pinto na universidade do Porto entre 2008 e 2011. Não o vejo desde 2013 e nunca tive o número de telefone dele", esclareceu Diogo Faria.

Também esta sexta-feira, os advogados do FC Porto pediram ao tribunal para que Francisco J. Marques ainda fosse ouvido durante a sessão. No entanto, por causa da hora tardia, o juiz interrompeu os trabalhos e o diretor de comunicação do FC Porto só vai ser ouvido no próximo dia 10 de abril.

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