Águia cala Madrid
Rui Vitória ganha fora e encarnados fazem encaixe milionário.
O Benfica fez esta quinta-feira uma exibição séria, rigorosa e com muita garra, sobretudo na 2ª parte, e venceu, com toda a justiça, o Atl. Madrid. Além dos três pontos, na caixa da Luz entraram 1,5 milhões de euros. Contas feitas, dois jogos da Champions já renderam três milhões de euros.
O jogo começou com os espanhóis a controlar no meio-campo e a colocar bolas nas costas da defesa encarnada, que se via aflita para arranjar um antídoto eficaz. E logo no minuto 10, na sequência de um canto, Tiago rematou de primeira e bola bateu na mão de André Almeida. Era penálti, mas o árbitro mandou seguir, perante os protestos dos colchoneros. Logo a seguir, Eliseu facilitou na esquerda, Juanfran centrou para Correa, de primeira, acertar em Samaris. Eliseu recuperou a bola e tocou longo para Gonçalo Guedes. Oblak saiu mal e a bola sobrou para Guedes que rematou logo. Filipe Luís safou perto da linha fatal.
Depois deste lance, o jogo entrou num período dominado pelo Atl. Madrid. A tática era sempre a mesma: bola para as costas da defesa adversária. Jardel e Luisão, lentos, limitavam-se a pedir foras de jogo que não existiam. E tanta vez o cântaro foi à fonte que os colchoneros marcaram mesmo, por Correa, após centro de Juanfran e toque de classe de Griezmann. No minuto seguinte, foi a vez de Óliver centrar para o isolado Jackson. Júlio César saiu rápido e apanhou a bola. Boa defesa. A partir dos 35’, os locais abrandaram. O Benfica adiantou linhas, teve bola e foi para a frente. E marcou por Gaitán, que rematou forte, num centro de Nélson Semedo na direita.
Na segunda parte, o Benfica entrou mais subido e, jogando em antecipação, conseguiu perturbar a circulação de bola do Atl. Madrid. Foi, mesmo, um conjunto de águias de garras afiadas, que não dava por perdida uma bola e, mais importante, não privilegiava o pontapé para a frente. Não. O Benfica tentou sempre construir jogo. E foi exatamente num lance de contragolpe que Eliseu tocou para Gaitán que triangulou com Jonas. Depois, o argentino quebrou os rins a Godín e centrou largo para Gonçalo Guedes, na direita, bater Oblak com um remate cruzado. Seguiram-se 40 minutos de um Benfica certinho a defender e um Atlético Madrid sem ideias a atacar.
Clique para aceder à rubrica com a opinião de Octávio Ribeiro, diretor do CM, sobre este tema: Jesus acabou
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt