Benfica de Lage invicto e goleador
Defesa deu um golo de avanço aos gilistas, mas águias saíram vitoriosas.
O Benfica somou este sábado a sua quarta vitória consecutiva da era Bruno Lage com um triunfo sobre o Gil Vicente, por 5-1, com uma reviravolta após um toque de magia do turco Akturkoglu.
Bruno Lage meteu a quarta e o Benfica lá foi rumo à tranquilidade até ao jogo de quarta-feira com o Atl. Madrid para a Liga dos Campeões.
Mas nem tudo foram rosas para este Benfica que teima em complicar. O técnico voltou a apostar no central Tomás Araújo no lado direito da defesa, passando um atestado de incompetência a Kaboré. Além disso, esta equipa encarnada parece ser inimiga da perfeição. Tal como tinha acontecido com o Santa Clara (triunfo por 4-1), este sábado o Benfica voltou a sofrer um golo madrugador (8’), fruto da desconcentração generalizada da defesa. Fujimoto serviu Félix Correia, que inaugurou o marcador.
O Estádio da Luz não gelou, mas acordou no apoio à equipa. E os jogadores sentiram essa energia positiva. O empate acabou por chegar por Otamendi, central argentino que celebrava o seu jogo 200 na Liga portuguesa. Canto tenso de Di María e o central subiu alto e sem oposição para o cabeceamento vitorioso.
E a reviravolta não demorou a surgir e teve um toque de magia de Akturkoglu, que aproveitou a assistência de Aursnes para fazer o seu terceiro golo, o segundo na Liga.
Na etapa complementar, o Benfica manteve o ascendente, mas em ritmo baixo. Bruno Lage percebeu e mexeu. Arthur Cabral esteve perto de marcar, mas foi Amdouni quem colocou a bola na baliza pela terceira vez com uma bomba de fora da área. A festa estava instalada e os gilistas acabaram por baixar os braços. Aproveitaram as águias para dispararem para a goleada. Florentino, de cabeça, fez o 4-1, mas coube a Rollheiser estabelecer o resultado final em 5-1. Triunfo justo e moralizador.
Rui Costa leva mais um amarelo
Rui Costa voltou a ver um cartão amarelo na última assembleia geral do Benfica. O Relatório e Contas do clube relativo à época 2023/24, que fechou com um prejuízo de 21,1 milhões de euros, foi chumbado. Dos 1129 sócios votantes na AG de sexta-feira à noite, 53,63% manifestaram-se contra o documento e 46,37% a favor. O chumbo não tem efeitos práticos, apesar da leitura política numa reunião magna em que o presidente encarnado foi novamente muito criticado e contestado.
Além da preocupação com a sustentabilidade financeira do clube, vários associados criticaram a influência excessiva de Nuno Costa, chefe de gabinete do presidente Rui Costa. Também Jaime Antunes, ‘vice’ da direção do clube e que desde o início deste mês integrou a comissão executiva da SAD, foi apupado por vários sócios. As acusações de Luís Mendes, na entrevista ao ‘Record’, também suscitaram críticas a Rui Costa. "É triste que o diretor financeiro desapareça dois dias antes de uma AG e reapareça três meses depois e a dois dias de uma AG. Se já sei por que saiu? Não, não sei. Justifica-se de uma maneira que não tem pés nem cabeça", respondeu o presidente do Benfica.
Vários associados reiteraram o pedido de expulsão do ex-presidente Luís Filipe Viera, devido a uma alegada agressão a um sócio numa AG. "Em breve os sócios serão informados sobre o processo, em breve iremos tomar a decisão", garantiu Rui Costa. Nas próximas semanas haverá nova AG para acabar a revisão dos estatutos.
Pedro Proença na mira dos candidatos
Depois de ter dito que "nenhum clube vale mais que toda a Liga", no âmbito da discussão sobre a centralização dos direitos televisivos, Pedro Proença, presidente da Liga, foi visado na AG do Benfica por João Diogo Manteigas, candidato anunciado às próximas eleições no clube, e João Noronha Lopes, que provavelmente irá voltar a concorrer. Manteigas pediu a Rui Costa para dizer a Proença "que o futebol em Portugal vale zero sem o Benfica". "O Benfica não aceita paternalismos de ninguém", afirmou Noronha.
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