Benfica: Jesus em Alcochete é prova de deslealdade

Benfica faz alusão ao caso no artigo 117 de 304.

12 de novembro de 2015 às 01:09
Jorge Jesus, futebol, jogo, Luz, dérbi, Benfica, treinador, jogadores Foto: Rui Minderico
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A visita de Jorge Jesus à Academia de Alcochete a 17 de junho, quando ainda era funcionário do Benfica, é um dos argumentos apresentados pelas águias no processo que deu entrada no Tribunal do Barreiro, a 13 de outubro, em que acusam o ex-treinador do clube de deslealdade e lhe exigem 14 milhões de euros.

A alusão à visita de Jesus surge no artigo 117 de um total de 304 que integram a petição inicial. A referência aparece através de uma transcrição de palavras do comentador Rui Santos, que falou dessa visita na SIC Notícias. "Está lá isso e muito mais. Preocupem-se e preparem a defesa. Gosto de uma boa briga", disse esta quarta-feira ao CM João Correia, advogado do Benfica, em resposta a uma fonte ligada à defesa de Jesus que garantiu não existir uma única referência a Alcochete em todo o processo. Mas a verdade é que essa transcrição – que está acompanhada por fotos, vídeos e recortes de jornais – pode servir de elemento probatório, ainda que possa não ser suficiente para o juiz, que poderá exigir ainda a prova testemunhal, ou seja, chamar Rui Santos a julgamento.

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Pesa a favor de Jesus nesta situação o facto de na referida visita ter estado acompanhado por Raul José, treinador adjunto, que, tal como o atual técnico do Sporting, tinha um vínculo com o clube da Luz. No entanto, Raul José não foi alvo de qualquer processo e recebeu o ordenado referente a junho, ao contrário de Jesus. De resto, o treinador já avançou para tribunal para reaver os 330 mil euros/brutos de vencimento. Esta dualidade de critérios poderá ser utilizada pela defesa de Jesus para provar que o processo contra o técnico não é mais do que um ato de vingança. As partes não chegaram a acordo na tentativa de conciliação, na 3ª feira. O julgamento arranca em junho de 2016.

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