Blatter defende-se do "ódio" da UEFA
Dirigente máximo do órgão que regula futebol responde a Platini.
Joseph Blatter, que na sexta--feira foi eleito para um quinto mandato na presidência da FIFA, disse ontem ter sido alvo de vários ataques pessoais, na sequência dos casos de corrupção que abalaram o organismo que gere o futebol mundial, na última semana.
Em entrevista ao canal de televisão suíço RTL, o dirigente helvético, de 79 anos, lamentou ainda o "ódio" da UEFA, responsável pela modalidade no continente europeu: "Não apenas de uma pessoa, mas de toda uma organização, que continua sem entender que em 1998 me tenha tornado presidente", afirmou.
Blatter respondeu assim às palavras do francês Michel Platini, presidente da UEFA, que lhe tinha exigido a demissão. O presidente da FIFA criticou ainda a Justiça norte-americana, cuja investigação resultou na acusação e detenção de sete dirigentes ou ex- -dirigentes do organismo, em Zurique (Suíça), na última quarta-feira. Além desses, outros dois e ainda cinco parceiros do organismo foram detidos. "Não há coincidências, e os sinais não mentem. Os norte-americanos eram candidatos ao Mundial de 2022 e perderam [para o Qatar]", disse.Questionado sobre se estava preocupado com uma possível detenção, o líder do organismo foi claro: "Porque é que haveria de ser detido? Estou aqui para fazer a FIFA navegar em águas calmas". E concluiu: A tempestade ainda está ativa, mas não chegou a ter a força de um furacão."
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