Bruno explica porque vai impugnar a destituição do Sporting

Ex-presidente dos leões recua na intenção de deixar o clube vai a eleições.

24 de junho de 2018 às 23:34
Bruno de Carvalho Foto: Pedro Nunes
Bruno de Carvalho Foto: Direitos Reservados

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Bruno de Carvalho anunciou este domingo que vai impugnar a Assembleia Geral e que vai a eleições no Sporting. Em exclusivo à TSF, o presidente destituído apresenta as razões para impugnar a Assembleia.

Em primeiro lugar, refere que a AG não foi marcada pelos artigos corretos do estatuto do clube. "Esta Assembleia Geral está ferida de tudo", continua.

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Depois, Bruno refere que a AG não teve os votos necessários para uma Assembleia destituitiva. "Posso dizer aos sportinguistas que nenhum notário conseguiria fazer essa confirmação e mesmo para os serviços não seria fácil", afirmou. 

Bruno aponta que para que a AG seja válida é necessário que estejam presentes 75 por cento dos votantes. "Em momento algum Jaime Marta Soares demonstrou que estavam presentes 75 por cento das pessoas que assinaram as 'folhas'", continua.

Por último e destacando como mais grave, o antigo presidente dos leões refere que uma Assembleia Geral tem de ser anunciada no jornal do Sporting, e afirma que esta não foi.

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Bruno de Carvalho explica porque foi à Assembleia Geral

"Fomos porque fomos assistindo ao longo do dia ao que se estava a passar. Como viram, esteve um associado a transmitir em direto o que se passava", começa por explicar Bruno.

O antigo presidente dos leões afirma que era "demasiado importante" dizer aos Sportinguistas que aquilo que pretende "é paz, união e calma do Sporting", refere.

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"Jaime Marta Soares proibiu-nos de falar, ao contrário do que tinha sido prometido. E já agora, peço desculpa aos sportinguistas por ter escolhido Jaime Marta Soares", continua Bruno.

"Os resultados foram muito estranhos porque houve 69 intervenções, e dessas apenas 5 foram contra o Conselho Diretivo", afirma referindo-se aos dois minutos a que os sócios tinham direito para falar na AG.

Bruno afirma que 'auditoria forense' já estava marcada

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Bruno de Carvalho afirma que a auditoria forense a que se referiu Torres Pereira é "um golpe de teatro".

"Eu acho que é mais um golpe de teatro. A auditoria está no nosso programa, a auditoria já ia avançar. É um golpe de alguém que nunca foi nada na vida: Torres Pereira, um médico de família. Nós já iamos fazer uma auditoria, e não tememos nada. E temos é de nos sujeitar a umas eleições. Porque auditoria já ia ser feita. Torres Pereira é isto: de verdades que são 'inverdades', um homem de meias palavras", afirma Bruno.

Antigo presidente afirma que vai a eleições

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Bruno de Carvalho garantiu ainda que mesmo que a impugnação não tenha sucesso irá sempre a eleições: "A impugnação pretende acabar com a história de que em termos jurídicos, Torres Pereira, Jaime Marta Soares e Henrique Monteiro têm toda a razão. Estivemos calmos a meter providências cautelares, nada contra a AG. Mas a partir do momento em que as pessoas que acham que estão à frente do Sporting gritam vitória daquilo que não têm, temos de gritar bem alto que esta AG está ferida de tudo. Seja como for, aceitamos o que é a vontade da maioria, da minoria… não sabemos. Mas é a vontade dos associados. Independentemente do resultado da impugnação, vamos a eleições. Tristes, porque não merecíamos depois de tudo o que fizemos ter de ir a eleições. Vamos deixar que os sportinguistas digam aquilo que querem. Independentemente da vitória que vamos ter na impugnação, não vamos fugir às eleições. Queremos mostrar qual a vontade dos associados e não a vontade afinada dos associados. Podemos prometer que os resultados vão ser de facto fidedignos".

"Foi uma precipitação brutal de Torres Pereira"

À SIC Notícias, e depois de já ter explicado à TSF o que o levou a impugnar os resultados da Assembleia Geral, Bruno de Carvalho abordou ainda a nomeação de Sousa Cintra para a presidência da SAD, dizendo que esta decisão não passa de uma "precipitação brutal" por parte da Comissão de Gestão.

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"Foi uma precipitação brutal de Torres Pereira, com alguém que já estava ultrapassado no tempo. Sousa Cintra já estava ultrapassado no seu tempo, quanto mais agora. Não é por aí que possa ser alguém que trave aquilo que estamos a fazer. Estamos a construir equipa para ser campeã nacional", explicou.

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