Assembleia-Geral do Sporting decide futuro de Bruno

Bruno de Carvalho diz que Sporting é um clube de Lacraus.

05 de fevereiro de 2018 às 19:21
Bruno de Carvalho, presidente do Sporting
Bruno de Carvalho Foto: Pedro Simões
Bruno de Carvalho Foto: Paulo Calado
Bruno de Carvalho Foto: Luís Manuel Neves
Bruno de Carvalho Foto: Paulo Calado

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Bruno de Carvalho mantém o suspense sobre se vai continuar como presidente do Sporting. Ou antes, passou a decisão para os sócios, numa reunião da Assembleia-Geral do clube, a realizar no dia 17 de fevereiro.

A reunião terá três pontos em discussão, dois dos quais deveriam ter sido discutidos no último sábado. Os sócios vão votar os novos estatutos do clube e o novo regulamento disciplinar. O terceiro ponto, o mais importante, é a continuidade ou não da direção do clube.

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Bruno de Carvalho exige que os dois primeiros pontos sejam aprovados por 75% dos votos dos sócios presentes e o último por uma margem semelhante à sua última vitória eleitoral no clube, que foi de 86.13%. Este último ponto seria, depois, corrigido por fonte oficial do clube. Afinal, a direção de Bruno de Carvalho exige apenas 75% dos votos a favor para continuar em funções.

"Isto não é de uma chantagem, é de um ser humano que já não aguenta mais", explicou Bruno de Carvalho.

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Presidente explica dificuldades

O dirigente iniciou, ao final da tarde desta segunda-feira, uma longa sessão de esclarecimento, em que explicou ao detalhe as dificuldades que tem enfrentado e as resistências que lhe têm sido criados pelos próprios sportinguistas.

Depois de ter escrito no Facebook, minutos antes do início da reunião, que a sua "decisão pessoal estava tomada", Bruno de Carvalho veio esclarecer os sócios sobre a sua continuidade no clube.

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Bruno falou, sobretudo, das dificuldades de exercer o cargo: "Ninguém tem a noção do que é estar neste lugar. Não poder sair de casa para ver um filme, não poder ir com a minha filha a um jardim", disse Bruno de Carvalho.

O presidente do Sporting admite que já cometeu erros e afirma conviver bem com as críticas. Mas diz terem sido ultrapassados os limites.

"Não podemos viver numa situação em que sócios numa Assembleia-Geral confundem democracia com anarquia. Fazem ameaças, chamam-me mentiroso, mandam calar membros da mesa. Não pode ser".

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"Havia clube antes de Bruno de Carvalho e haverá clube depois de Bruno de Carvalho. Agora brincarem com o nosso trabalho não admito".

"Nem estamos agarrados a lugar nenhum nem queremos ganhar tudo", disse Bruno, numa mensagem dirigido aos sócios que, no seu entender, têm exagerado na contestação.

"Por cada pedrinha que se levanta no Sporting temos lá dezenas de lacraus. Sempre foi assim", acrescentou o dirigente. "Estou a ser completamente humilhado, difamado e maltratado por sportinguistas há sete anos", avisa Bruno de Carvalho, que acusa sócios de se organizarem contra si.

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"Nunca ofendi ninguém", disse ainda o presidente do Sporting.

Num longo, longuíssimo, discurso, em que o dirigente elencou ao pormenor as dificuldades porque tem passado e as barreiras que lhe são impostas pelos próprios sportinguistas, Carvalho retardou ao máximo o anúncio sobre se ficava ou não a presidir à direção do clube.

Ameaçou sair no fim-de-semana

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No fim-de-semana, após uma tempestuosa reunião da Assembleia-Geral do clube em que Bruno de Carvalho foi muito criticado, o presidente saiu muito agastado e disse que estava a ponderar a demissão.

O presidente do Sporting abandonou este sábado a Assembleia-Geral, numa reunião em que ficaram por aprovar as alterações aos estatutos do clube e regulamento disciplinar.

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