Dragão perdido em solo alemão

Mexidas substanciais deixaram a equipa portista à deriva.

19 de fevereiro de 2016 às 13:18
19-02-2016_01_18_37 porto.jpg Foto: EPA
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O FC Porto saiu esta quinta-feira do Signal Iduna Park, habitat natural da massa adepta mais fiel da Europa, com a ideia de que o resultado final de 2-0 até nem foi assim tão mau, face ao que aconteceu nos 90 minutos. Com demasiados buracos para remendar, José Peseiro foi ainda mais longe do que teria de fazer e improvisou um conjunto de situações que descaracterizaram por completo a equipa. Implacáveis, os alemães demoraram apenas 6 minutos a castigar a falta de rotinas de uma formação que, nos minutos iniciais, parecia estar paralisada, nas ideias e nas ações. E isto moldou, desde logo, a forma deste jogo.

Exceção feita a um lance já no final da partida, a baliza do Borussia Dortmund esteve sempre longe de mais para os jogadores do FC Porto. Os sucessivos gritos de Peseiro junto à linha sublinhavam a ideia de que a construção da estratégia para este jogo estava a ser ultimada com a carruagem já em andamento. Fatal. De resto, o modo fácil como os alemães chegaram ao primeiro golo fazia antever algo muito pior para os portistas, perdidos no terreno. Atente-se: Silvestre na lateral direita da defesa, Layún no eixo, José Ángel na esquerda, Sérgio Oliveira em duplo pivô com Rúben Neves... Alterações a mais. Só aos 26 minutos o FC Porto chegou perto da grande área do Dortmund. E só aos 33 fez o primeiro remate à baliza.

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Ainda assim, passado o efeito do terror cénico que cristalizou a equipa, o FC Porto transportou, aos poucos, o jogo para um pouco mais longe da baliza de Casillas. Para mais do que isso não dava. De forma natural, no segundo tempo, o 2-0 chegou. Podiam ter chegado mais, não fosse Casillas. Nos minutos finais, a equipa portista quis crescer, teve finalmente uma oportunidade (Suk), mas isso só serviu para ver como se arriscava a sair com um resultado mais pesado da Alemanha. No Porto, dentro de 15 dias, há uma montanha para trepar.

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