Dragão volta a esbarrar na Madeira
Equipa de Lopetegui repete erros do passado.
Mais um jogo na Madeira, mais um tropeção do FC Porto, que já não consegue vencer na ilha desde maio de 2013, então ao Nacional. Pode falar-se em fantasma, mas o empate de ontem frente ao Marítimo tem explicações bem mais racionais: o dragão mostrou muitas fragilidades, grande parte delas já vistas na temporada passada, e teve azar com a bola de Maxi à trave no último segundo da partida.
Já com duas derrotas nos Barreiros no currículo, era de prever que Julen Lopetegui tivesse o antídoto devidamente preparado, mas foi a turma de Ivo Vieira que mostrou ter os passos estudados com rigor – a pressão sobre Danilo na construção de jogo e os lançamentos rápidos em Xavier e Edgar Costa surtiram resultados em pouco tempo. Estes dois últimos construíram o lance do golo, contando com o salto disparatado de Cissokho, que deixou Edgar à vontade para dar a Casillas o primeiro dissabor ao serviço do FC Porto.
A posse de bola em registo lento e os centrais a pontapearem a bola para a frente na busca pela felicidade são erros que transitam da época passada. Lopetegui bem gritava para o relvado, mas só Brahimi conseguia criar perigo. E é uma entrada do argelino na área que resulta no golo do FC Porto, marcado por Herrera.
Na segunda parte, mais do mesmo. Os dragões sempre inócuos no ataque e nem as mexidas do técnico do FC Porto – André André foi para o aquecimento logo aos 17 minutos – mudaram o ritmo de jogo.
Prova disso, só dois lances de verdadeiro perigo em toda a segunda parte: Salin evitou o golo de Aboubakar aos 78 minutos, após passe de Tello, e mesmo no segundo final do encontro, Maxi Pereira atirou à barra de cabeça. Foi azar? Foi, mas isso não justifica tudo. Lopetegui continua a ter muito que corrigir se quiser ser campeão nacional.
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