Dragões enchem cofres na Grécia com vitória sobre o Olympiacos
Sérgio Conceição utilizou uma ‘equipa B’ que foi suficiente para bater os gregos.
O FC Porto garantiu esta quarta-feira mais 2,7 milhões de euros com um triunfo justo sobre o Olympiacos, por 2-0, e aumentou para 68 milhões de euros o bolo total ganho até agora na Liga dos Campeões.
Os dragões continuam a encher os cofres. Somaram quatro vitórias e um empate, o que permitiu a passagem aos oitavos de final da prova milionária, permitindo arrecadar 63 milhões de euros, a que se juntam mais cinco milhões dos direitos televisivos.
Sérgio Conceição revolucionou a equipa, colocando no onze apenas três dos habituais titulares: Mbemba, Zaidu e Otávio. Mesmo assim, nunca abdicou de lutar pela vitória. Felipe Anderson deu o mote com um cabeceamento à trave, caindo a bola em cima da linha de golo. No entanto, uma análise mais profunda do videoárbitro detetou uma mão de Holebas dentro da área. Chamado a converter o castigo máximo, Otávio, que foi o capitão de equipa, não perdoou.
As mexidas de Sérgio Conceição retiraram consistência e fio de jogo à equipa. A defesa revelou alguma tremedeira, em especial no lado direito, onde Nanú se estreou a titular. O Olympiacos não teve arte nem engenho para bater esta ‘equipa B’ portista. E não foi por falta de oportunidades. Masouras chegou a surgir isolado frente a Diogo Costa, mas rematou por cima. O mesmo jogador ainda ficou a pedir um penálti, mas o juiz alemão mandou jogar.
A equipa de Pedro Martins encheu-se de brio após o intervalo e assumiu as rédeas do jogo, mas revelou enormes carências na finalização. A defesa portista, muito mais solidária do que segura, foi chegando mesmo assim para as encomendas. Em parte, devido à ineficácia ofensiva dos gregos.
O Olympiacos estava balanceado no ataque, mas quem chegou ao golo foi o FC Porto. O recém entrado Luís Díaz arrancou pela direita, foi à linha de fundo e cruzou com a bola a sobrar para Uribe, que rematou forte para o 2-0. Triunfo justo, mas sem nota artística.
Análise ao jogo
Positivo: Menos utilizados
Os jogadores menos utilizados do FC Porto corresponderam. Não deslumbraram, mas foram suficientes para travar o campeão grego e somar mais 2,7 milhões de euros.
Negativo: Rúben Semedo expulso
O defesa-central que tem sido apontado ao Benfica perdeu a cabeça e acabou por ser expulso por acumulação de amarelos, depois de uma falta sobre Luis Díaz.
Arbitragem: Arbitragem com... VAR
O juiz alemão Felix Brych teve uma arbitragem firme e sem problemas. Teve uma ajuda preciosa do VAR para ver a mão de Holebas na área. Bem na expulsão do central Rúben Semedo por duplo amarelo.
Análise aos jogadores
Otávio - Foi o motor e a referência da equipa. Deu equilíbrio a defender, ao comandar a pressão alta, e decidiu como e por onde a equipa atacava. Irrepreensível na marcação do penálti.
Diogo Costa – Só fez uma defesa em noite tranquila.
Nanú – Algumas falhas de posicionamento só minimizadas pela inoperância grega.
Mbemba – Cumpriu dentro dos mínimos que se esperava.
Diogo Leite – Limpou todos os lances no seu raio de ação e ainda fez algumas dobras.
Zaidu – Menos participativo a atacar. Seguro a defender.
Grujic – Recuperou muitas bolas até ao intervalo. Perdeu gás na segunda parte.
Romário Baró – Lento e demasiado preso à bola. Chega à positiva por muito pouco.
João Mário – Alguns rasgos de talento, mas ainda é pouco incisivo no último terço.
Felipe Anderson – Ao intervalo já tinha corrido mais de 6 km. Mas poucos resultados práticos de tanto esforço.
Toni Martínez – Perdeu a maioria dos lances. Para jogar no FC Porto tem de fazer mais.
Luis Díaz – Velocidade e técnica na construção do 2-0.
Uribe – Competente no remate que fechou o resultado.
Corona – Voltou após lesão.
Sarr – Para segurar o 2-0.
Evanilson – Nada a dizer.
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