Benfica gastou milhares de euros na segurança do sistema informático

Foram 784 mil euros que o Benfica gastou a tentar minimizar os efeitos da divulgação dos emails por parte do FC Porto. A informação está na sentença que condenou o clube da Invicta ao pagamento de dois milhões de euros aos encarnados. 

Só em sistemas informáticos e na melhoria da segurança das bases de dados informáticas, o Benfica pagou, entre abril de 2017 e março de 2018, 188 mil euros. Mas os gastos incluíram também campanhas de marketing para promover a venda dos lugares anuais no estádio, numa altura que, diz a sentença, era sensível para o Benfica e em que o FC Porto acentuava as investidas contra o rival.

Nestas acções de marketing, o Benfica gastou, no mesmo período, cerca de 179 mil euros. À mesma empresa de marketing, o clube da Luz avançou ainda com 56 mil euros para tratar da comunicação digital da marca benfica. Houve ainda os 21 mil euros pagos para o trabalho de confirmação das despesas incorridas pelo Grupo Benfica.

A sentença explica também que foi necessária a contratação de 18 novos colaboradores para o reforço dos departamentos de informática, comunicação, marketing e jurídico. Os custos com estes funcionários – incluindo salários, contribuições e honorários – chegou aos 340 mil euros, isto até março de 2018. Valor total: 784 mil euros.

A sentença diz ainda que, devido à conduta do FC Porto, o benfica teve dificuldades na negociação de novos contratos comerciais, parcerias, contratos desportivos e até com colaboradores. O documento refere que também houve dificuldade em negociar contratos atuais, dando como exemplo o vínculo com a companhia aérea Fly Emirates.

O documento cita ainda António Ferreira, director técnico dos sistemas informáticos do Benfica. O engenheiro refere que o departamento teve seis meses de trabalho a mais devido à divulgação dos emails e que tiveram de ser contratadas mais pessoas. 

O FC Porto foi condenado ao pagamento de 2 milhões de euros no caso dos emails.  No processo movido, o Benfica reclamava 17 milhões de indemnização