FC Porto de mão-cheia a agarrar o título com vitória frente ao Belenenses
Marega e Telles alargaram para 3-0. Fábio Vieira e Díaz fecharam com chave de ouro. Águia a 6 pontos. O campeonato também.
Em fuga e cheio de gás. O FC Porto deu chapa cinco ao Belenenses SAD e voltou a deixar o Benfica a seis pontos de distância, os mesmos que separam os dragões da conquista de um título cada vez mais provável. Soares, Marega, Telles, o miúdo Fábio Vieira e Díaz (que golaço!) marcaram num triunfo de barriga cheia que, já agora e como nota matemática, afasta de forma oficial e contabilística o Sporting do primeiro lugar.
Ainda faltava muito para o apito inicial e já sobravam motivos de interesse. A ficha de jogo trazia o regresso de Sérgio Oliveira no lugar de Danilo e, no Belenenses SAD, sete mudanças e uma inusitada ausência de guarda-redes suplente. Restava rezar para que nenhum azar acontecesse a Koffi.
E por falar em Koffi, começou bem sonolento o encontro, acabando por ser o Belenenses SAD a entrar melhor, organizado numa linha defensiva de 5, mas sem medo de procurar a felicidade. Edi Semedo (13’) falhou o alvo por pouco e Nuno Coelho(19’) também assustou.
Depois de 20 minutos sem velocidade na circulação - Conceição não demoraria a enviar suplentes para o aquecimento -, o FC Porto levou os avisos a sério e começou a acelerar processos. Marega e Soares iam-se atrapalhando e era Sérgio Oliveira quem mais visava o alvo com o seu fortíssimo pé direito.
Não foi pelo chão, foi pelo Soares. Jogada de insistência e cruzamento perfeito de Otávio (6ª assistência na Liga), com o brasileiro a faturar de cabeça. Oitavo golo do avançado na Liga - já não marcava há 12 jogos.
Minutos depois, Uribe ainda aumentou a vantagem, mas tocou a bola com o braço e o golo foi anulado, mantendo-se a vantagem mínima para os serviços também mínimos dos pupilos azuis-e-brancos.
E o intervalo tudo mudou. O FC Porto surgiu cheio de força e a turma de Petit nunca conseguiu soltar-se das amarras. Numa metáfora para a fuga dos dragões na classificação, Marega correu para a glória, a passe de Corona, e fez o 2-0 do descanso. Descanso que é como quem diz. A equipa de Conceição manteve o pé no acelerador e Díaz sofreu um penálti claro para Telles fazer o 3-0.
Só que o melhor ainda estava para vir. O miúdo Fábio Vieira fez o quarto na conversão de um livre e Díaz, outra vez ele, num bilhete de fora da área a fazer a mão-cheia do dragão que dificilmente não agarrará o título.
Fim de jejum para Soares
Manafá – Boa primeira parte, com várias descidas e cruzamentos que os avançados desperdiçaram.
Mbemba – Sem referências para marcar, esteve sempre seguro. Competente.
Pepe – Jogo sem sobressaltos do veterano portista.
Telles – Sem problemas a defender, mas também não foi lá à frente desequilibrar. Voltou a marcar de penálti.
Sérgio Oliveira – Foi o mais rematador entre os dragões e o que mais desequilíbrios tentou fazer em todo o jogo.
Uribe – Quase marcava o primeiro com a camisola portista. Está a subir de forma. Sempre muito disponível em termos físicos.
Otávio – Apareceu quando a equipa mais precisava num cruzamento perfeito para o 1-0. Depois, eclipsou-se.
Corona – Momento menos positivo. Ainda assim, teve um momento de eleição na assistência para o golo de Marega.
Marega – Trapalhão no primeiro tempo. Depois arrancou para o 10º na Liga.
Fábio Vieira – Deu início ao lance que resultou no penálti sobre Díaz. Marcou de livre.
Soares - Teve o condão de abrir o marcador, quando os dragões até não estavam bem no jogo. O golo de cabeça surge após quatro meses de jejum. O avançado brasileiro lutou muito e acabou por merecer o golo inaugural.
Danilo – Para refrescar.
Díaz – Golaço a fechar
Vitinha – Sem tempo.
Fábio Silva – Falhou em fora de jogo.
ANÁLISE
+ Chegaram-se à frente
Os avançados do FC Porto chegaram-se ontem à frente e lucraram com aquilo que melhor fazem: Soares de cabeça e Marega na velocidade. Nota para o gesto de Telles, a dar o livre da glória ao jovem Fábio Vieira. Conceição não gostou, mas depois sorriu.
- Entrada adormecida
Apesar da vitória do Benfica na véspera, o FC Porto entrou muito amorfo e o Belenenses SAD esteve perto de aproveitar. Em relação à turma conduzida por Petit, não lembra a ninguém entrar em campo sem um guarda-redes suplente.
Arbitragem positiva
Jogo complicado de dirigir. Uribe cai na área, mas parece promover o contacto (29’) e o golo anulado também é bem decidido pelo toque com o braço do colombiano. Dúvidas em lance com Pepe, antes de penálti bem assinalado sobre Luis Díaz.
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