Golão de Jiménez decide
Benfica venceu Académica em Coimbra. Leia a análise ao jogo.
Um golão de Raúl Jiménez ditou ontem a vitória (2-1) do Benfica, diante da Académica, em Coimbra, resultado que mantém a equipa de Rui Vitória isolada no comando da Liga. Foi um jogo fraco, dominado por completo pelos encarnados, que, no entanto, revelaram poucas ideias para ultrapassar um adversário superdefensivo e que teve na baliza o inspirado Pedro Trigueira, que só não parou o indefensável, ou seja, os golos de Mitroglou e Jiménez.
A partida, aliás, começou com o Benfica a mandar e a Académica acantonada junto à sua área, o que impedia que Trigueira fosse posto à prova - só aos 14 minutos interveio para segurar uma bola fácil, num centro de Samaris. A Briosa tentava o contra-ataque esporadicamente e, no minuto 15, Marinho caiu na área, num lance em que parece tocado por Eliseu. O árbitro João Capela mandou seguir. O Benfica foi para a frente e conseguiu criar o primeiro lance de perigo: Jonas centrou, na direita, Gaitán tocou para Mitroglou rematar muito por cima da barra. Logo a seguir, golo da Académica. Rafa Soares cruzou na esquerda, Eliseu, mal, aliviou para a zona frontal da área e Pedro Nuno, de pé direito, rematou longe do alcance de Ederson. Na altura, os números da posse de bola registavam 24% para a Académica e 76% para o Benfica.
Apesar do balde de água fria, as águias não se descompuseram. Continuaram a ser as donas daquilo tudo. E até melhoraram um pouco no ataque. Trigueira teve de se aplicar num centro venenoso de André Almeida e num remate de Pizzi, após um túnel a Rafael Lopes, na área. No minuto 39’, porém, nada pôde fazer para evitar o 1-1: centro de Pizzi para Mitroglou surgir nas costas de Iago e cabecear certeiro. Três minutos depois, Jonas isolou Pizzi, que fintou Trigueira e rematou, sendo a bola desviada do alvo, para canto, por Nuno Piloto.
Na 2ª parte, foi mais do mesmo: domínio do Benfica, que, contudo, continuava a demonstrar pouca imaginação para gizar lances ofensivos. Mesmo assim, Trigueira teve de brilhar a remates de Iago (mau alívio), Gaitán (livre direto), Jonas (de cabeça), Jardel (de cabeça) e Talisca. Até que nada pôde fazer no 2-1: André Almeida centrou na direita, Jiménez recebeu com um toque em que a bola caiu à sua frente e disparou um míssil que valeu três pontos. Contas finais: 73% de posse de bola para o Benfica e 27% da Académica.
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Análise aos jogadores: Mexicano aponta o caminho do título
Jiménez - Entrada de ouro do mexicano. Um grande golo que mantém as águias na frente da Liga e um tónico para o jogo de quarta-feira com o Bayern (Champions) em que deve ser titular.
Ederson – Sem trabalho durante os 90’, não teve culpas no golo da Académica.
André Almeida – Com pouco que fazer na defesa, aventurou-se no ataque. Assistiu Jiménez para o 2-1.
Lindelof – Mais desconcentrado do que o habitual, ainda assim seguro.
Jardel – Desposicionado, podia ter feito melhor no 1-0.
Eliseu – Exibição manchada pelo golo da Académica. Assistência perfeita para o academista Pedro Nuno.
Samaris – Tentou em diversas vezes acordar a equipa com passes verticais, mas com pouco sucesso.
Renato Sanches – Algumas boas arrancadas e pouco mais. Melhor no segundo tempo.
Pizzi – Acordou a tempo de assistir Mitroglou no 1-1. Voltou a adormecer antes do intervalo num remate que podia ter dado o 2-1.
Gaitán – Não fez uma exibição de encher o olho, mas foi dos mais inconformados. Duas boas chances e vários desequilíbrios.
Jonas – Trabalhou muito entre linhas. Na única chance que teve, Trigueira defendeu.
Mitroglou – Precisa de pouco para marcar. Fez o 14º golo nas últimas 13 jornadas. Letal.
Carcela – Tentou desequilibrar, sem sucesso.
Talisca – Um remate.
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Análise ao jogo Positivo - Pedro Trigueira e Jiménez
Negativo - Académica
Arbitragem - Trabalho razoável
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