Internacional gabonês chamado a explicar como nasceu quatro anos depois de a mãe ter morrido

Guélor Kanga diz ter nascido a 1 de setembro de 1990, mas federação do RD Congo tem documentos que contam outra história.

09 de janeiro de 2024 às 17:25
Guélor Kanga (à esquerda), ao serviço do Estrela Vermelha Foto: Reuters
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Em vésperas de se iniciar a competição internacional mais reputada de África, a CAN, ressurge uma polémica a envolver a idade de um jogador. A CAF, organismo que rege o futebol africano, chamou o internacional gabonês Guélor Kanga a prestar declarações e a esclarecer ao seu Conselho Superior como nasceu quatro anos depois da mãe  morrer. 

Mas vamos por partes. Kanga, a jogar atualmente no Estrela Vermelha, da Sérvia, já tinha sido visado por este caso insólito anteriormente. Segundo os documentos que a federação gabonesa de futebol e o médio-ofensivo apresentam, incluindo o passaporte, este nasceu no Gabão a 1 de setembro de 1990, tendo atualmente 33 anos. Contudo, em 2021, a federação da RD Congo processou a homóloga gabonesa por falsificação de documentos, alegando que Kanga era, na verdade, Kiaku-Kiaku Kianga, nascido em Kinshasa, na RD Congo, em 5 de outubro de 1985. O imbróglio ficou acentuado quando a investigação concluiu que a progenitora do jogador tinha falecido no início de 1986, cerca de quatro meses após Kianga ter supostamente nascido. Ou seja, em vez de 33 anos o médio teria, nesta altura, 38 anos. 

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Agora, a investigação lançada pela CAF requer que Guélor Kanga se apresente perante o comité e esclareça a sua parte no acontecimento, sendo que o Gabão pode ser condenado por falsificação de documentos, incumprindo as normas da FIFA para inscrever o jogador e, assim, ficar impedido de participar nas edições de 2025 e 2027 - não se apurou para a atual edição, que começa já dia 13.

Com 64 internacionalizações e três golos pelo Gabão, Guélor Kanga tem sido preponderante na seleção onde também figuram Aubameyang, do Marselha, e Mario Lemina, do Wolverhampton. A trama põe em causa toda a federação gabonesa e a CAF tem a árdua tarefa de apurar os factos.

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