"Isto não é o Futebol Clube Sérgio Conceição, é o FC Porto", afirma treinador durante antevisão

Dragões defrontam este domingo o Marítimo na Madeira.

21 de agosto de 2021 às 12:44
Sérgio Conceição
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Sérgio Conceição fez, este sábado, a antevisão à partida frente ao Marítimo, na Madeira, marcada para domingo, pelas 18H00.

Marítimo é um adversário exigente, num terreno exigente. Perpsetivas para o jogo?

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"Perspetivamos um jogo competitivo, difícil, contra uma equipa que tem estado e tem cimentado a posição na 1ª Liga de forma confortável, com jogadores interessantes, um treinador muito apaixonado pelo que faz e que tem feito bons trabalhos nas equipas que tem representado em Portugal. Dentro daquilo que são os jogos do campeonato português, sempre com essa particularidade de jogar na Madeira, onde temos encontrado um relvado que não é fácil, e que teve a nota mais baixa dada pela Liga, isso vai ser outro adversário. Podem acontecer maus jogos em bons relvados, mas grandes jogos em maus relvados duvido mais".

Wendell chegou depois de Sérgio ter pedido mais um jogador para aquela posição. Pode falar do que se passou em Famalicão? O jogador vai à Madeira?

"Eu não reclamei de nada. Isto não é o Futebol Clube Sérgio Conceição, é o Futebol Clube do Porto. Aquilo que posso pedir é o ajuste do nosso plantel. Não vêm para jogar no meu quintal, vêm para jogar no clube. O jogador é jogador do FC Porto e eu queria contar com jogadores do nível de seleções, mas temos a nossa realidade dentro daquilo que eram as duas ou três opções que tínhamos. Este jogador, por sinal, já tinha sido falado e discutido há mais de um mês. O que se passou em Famalicão foi a frustração de sofrer o empate depois de termos feito o suficiente para não sofrermos golos. Aconteceu o de bola parada e depois o outro já para lá dos 90 minutos. É um erro individual mas que eu também cometo, fazem parte da nossa vida e do nosso trabalho. Há que assumi-los, corrigi-los e trabalhá-los. Acredito que quem está a comentar o jogo seja muito mais fácil, mas eu vivo as emoções fortes e ganhar mais vezes é um sentimento muito melhor. Isto não justifica a imagem que houve entre mim e o Luís Gonçalves, o que dizem e o que escrevem é a maior mentira que pode haver, quem me conhece e anda aqui connosco sabe a relação que temos, que é fantástica. Tentamos fazer todos os dias mais e melhor pelo clube".

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Rodrigo Conceição foi expulso frente ao Santa Clara, e o treinador do Moreirense disse que agora se paga por causa do sobrenome. Tem algum comentário?

"Não. Está ao serviço do Moreirense, são situações que não devo comentar e não têm nada a ver com o nosso jogo de amanhã, que é o que mais me importa e o que mais me tem dado foco total para o trabalho e a preparação".

Zaidu foi muito criticado esta semana nas redes sociais. Como está psicologicamente? Conta com ele?

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"Falo com todos os jogadores. Toda a gente está disponível. Temos duas vitórias, fizemos uma boa pré-época, toda a gente está consciente do trabalho diário que há a fazer para eu depois escolher o melhor onze, e isso é que é importante. Todos estão conscientes da exigência do clube, da minha, e daquilo que é representar o FC Porto".

Wendell vem preencher uma lacuna? Pondera levá-lo para o jogo com o Marítimo mesmo não podendo jogar?

"Nós tinhamos um lateral de raíz que era o Zaidu. Estamos inseridos nas competições internas, e nas europeias, e precisamos de ter um grupo. Duas soluções por posição é o que todos os treinadores querem e desejam. O Wendell vem para aqui nesse sentido. Não assinou contrato para ser titular, assinou para trabalhar, e para conseguir ganhar confiança do treinador para poder jogar. Não vem porque há um trabalho a fazer com ele, parece-nos que não foi tão intenso nos treinos e precisa de treinar e de se preparar da melhor maneira para estar disponível frente ao Arouca".

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Frente ao Famalicão, esteve a ganhar de forma confortável. Como explica a diferença de rendimento da primeira para a segunda parte?

"O ano passado houve jogos em que não estivemos tão bem na primeira, e fomos melhores na segunda. As pessoas criticam, hoje em dia é fácil criticar, estamos sujeitos a isso. Podem dizer o que entenderem, nós é que temos de perceber que erros foram cometidos. O nosso rendimento baixou um pouco na segunda parte, mas não é um comportamento padrão".

Está a começar a quinta época no FC Porto. Tendo em conta o forte arranque dos rivais, perspetiva que este seja o campeonato mais difícil dos cinco até agora?

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"Depois do terceiro ano, alguém me dizia que ainda devia um campeonato ao FC Porto. Aproveito para dar os parabéns às equipas portuguesas que tiveram uma prestação muito digna na Europa e desejar sorte para a segunda mão. Todos os campeonatos têm a sua dificuldade. No meu primeiro ano, estivemos sob alçada do fair play financeiro, mas não é só connosco, é geral. Se olharem para o que tem sido o trajeto do FC Porto, tem sido sempre acima dos 80 pontos no campeonato, a nossa média de vitórias e sucesso é muitíssimo grande, ao nível dos anos fantásticos do clube. E falo também nas taças, tivemos sempre na final-four da Taça da Liga, ganhámos a Taça de Portugal, estamos sempre até ao final, e mesmo na Liga dos Campeões, ser competitivos da forma que nós fomos, dignifica muito o futebol português, não só o FC Porto. Temos sido o porta estandarte de Portugal na Europa. Não fico satisfeito porque queria ganhar quatro em quatro, mas sabemos que é muito difícil, principalmente na Europa, exatamente pela diferença de orçamentos. Demos o máximo por todos, e também tivemos rivais à altura e que fizeram bons campeonatos, mas o saldo é positivo. Este, vai depender muito de nós".

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