Jogadoras espanholas anunciam que não voltam à seleção "caso os atuais dirigentes continuem"
Posição de força das campeãs do mundo em comunicado, após Rubiales afirmar que continuará como presidente da RFEF.
Todas as 23 campeãs do Mundo por Espanha anunciaram, esta sexta-feira, num comunicado conjunto, que renunciam à seleção espanhola "caso os atuais dirigentes continuem". Além do plantel que conquistou o Mundial, mais 58 futebolistas espanholas também assinaram. A decisão surge depois de Luis Rubiales, presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), assegurar que não se vai demitir na sequência da polémica durante os festejos da conquista da prova onde, entre outros gestos, beijou a jogadora Jenni Hermoso na boca. "Beijo foi espontâneo e consentido", disse o líder da RFEF esta sexta-feira, numa conferência de imprensa.
"Depois de tudo o que aconteceu durante o Mundial feminino, queremos manifestar que todas as jogadoras que assinaram este documento não voltarão à convocatória da Seleção Nacional caso os atuais dirigentes continuem. As jogadoras que assinam são: Jennifer Hermoso; Alèxia Putellas; Misa Rodríguez; Irene Paredes; Ona Batlle; Mariona Caldentey; Teresa Abelleira; María Pérez; Cata Coll; Aitana Bonmati; Laia Codina; Claudia Zornoza; Oihane Hernández; Rocío Gálvez; Irene Guerrero; Alba Redondo; Athenea del Castillo; Eva Navarro; Enith Salón; Ivana Andrés; Salma Paralluelo; Esther González; Olga Carmona;Patricia Guijarro; Lola Gallardo; Nerea Eizagirre; Ainhoa Moraza; Maria León "Mapi"; Sandra Paños; Claudia Pina; Amaiur Sarriegi; Leila Ouahabi; Laia Aleixandri; Lucia García; Andrea Pereira; Vero Boquete; Ainhoa Tirapu; Sandra Vilanova; Ana Romero "Willy"; Silvia Meseguer; Nagore Calderón; Carmen Arce "Kubalita"; Priscila Borja; Natalia Pablos; Susana Guerrero; Larraitz Lucas; Isabel Benito; Amanda Sampedro; Isabel Fuentes; Elisabet Sánchez; Mari Paz Azagra; Vanesa Gimbert; Virginia Torrecilla; Leire Landa; Elisabet Ibarra; y Marta Torrejón", pode ler-se no comunicado.
"As jogadoras esperam respostas contundentes da parte do poder político, para que não fiquem impunes ações como esta. Pedimos mudanças estruturais verdadeiros, que ajudem a seleção a continuar a crescer. É de uma enorme tristeza que um gesto tão inaceitável manche o maior êxito desportivo do futebol feminino espanhol", acrescenta o comunicado da FutPro.
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