Jonas imperial
Excelente exibição das águias coroada com quatro golos.
Goleada e nota artística. Este foi o saldo do jogo Nacional-Benfica, a dois tempos, por ter sido suspenso (aos 8 minutos) no domingo, devido ao nevoeiro.
Quatro golos, o que vulgarmente se designa por póquer, coloriram o bom jogo das águias, frente a um Nacional muito permeável defensivamente, situação agravada pela inspiração ofensiva da equipa da Luz.
Percebeu-se cedo o que iria ser o jogo. Um pontapé de canto a favor do Nacional deu em contra-ataque, que só não acabou em golo porque Carcela, isolado por Pizzi, não teve lucidez para ultrapassar Rui Silva. Não demorou muito a confirmar-se a tendência que as primeiras jogadas já deixavam ver. Jonas ainda desperdiçou grande oportunidade, após assistência de Sanches, e à terceira foi de vez, com Jonas a marcar de cabeça, a centro de Carcela.
O Benfica mostrou determinação e equilíbrio como equipa, apoiado na disciplina tática de Fejsa, que libertava a criatividade atacante do conjunto, enquanto o Nacional teve dificuldade em acertar nas marcações, e na frente viveu de iniciativas individuais do ponta de lança Soares, que assustou Júlio César num bom remate.
Manuel Machado percebeu que era preciso mudar e assim fez ainda antes do intervalo. Retirou um central, recuou Ghazal para o eixo e lançou Jota. A equipa insular equilibrou e na segunda parte dividiu mais o jogo a meio-campo. Numa falha grave dos dois centrais (Jardel e Lisandro viram Camacho antecipar-se e servir Soares), chegou ao empate por Soares.
Também a partir desse momento notou-se que o Benfica está em fase ascensional. A equipa não acusou a contrariedade, manteve-se fria e adicionou-lhe eficácia. Jonas, em remate de rotação com o pé esquerdo, respondeu de forma exemplar a passe de Jiménez e devolveu vantagem ao Benfica.
Foi então que a águia arrancou de vez para o triunfo. Estável com bola, cada vez mais confiante, a equipa de Rui Vitória continuou a jogar em toda a largura do campo e ao mesmo tempo que esticava o jogo, o Nacional destapava atrás, para tentar chegar mais à frente. Jonas, a centro de André Almeida, fez o 3-1 e ainda houve tempo para Mitroglou fechar as contas. após bom trabalho individual, finalizado com um remate de pé direito na área.
O Benfica está a crescer: nos últimos dez jogos da Liga somou a nona vitória e é o melhor ataque da Liga com 45 golos.
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