Leão de ferro empata na Europa

Resultado deixa tudo em aberto, mas a Atalanta desta quarta-feira esteve mais perto de arrumar com o apuramento.

07 de março de 2024 às 01:30
Franco Israel viu a bola embater nos ferros da sua baliza três vezes durante o jogo
Paulinho, avançado do Sporting
Rúben Amorim Foto: José Sena Goulão/Lusa

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Rúben Amorim deixou explícito esta quarta-feira, particularmente na primeira parte com a equipa que elegeu para defrontar, pela terceira vez esta época (de novo sem triunfo), a Atalanta, que a grande prioridade do Sporting é a Liga, com a equipa que lidera a competição a ter uma deslocação bem complicada a Arouca.

O problema, porém, é que o desempenho leonino no primeiro tempo foi submisso ao poderio transalpino e o treinador não teve outro remédio se não colocar em campo algumas das principais armas (particularmente Gyokeres e Hjulmand) de forma a evitar estragos e ver fecharem-se já as portas da Europa. Sendo verdade que houve um leão mais equilibrado nos segundos 45 minutos, não é menos real que os italianos foram melhores e encontraram nos ferros das balizas de Alvalade outro grande opositor – Coates também levou a bola contra um poste… depois de o rival ter feito o mesmo por três vezes.

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Depois de Paulinho ter inaugurado o marcador, dando classe a um passe de morte de Trincão, muito bem servido por Matheus Reis (17 m), o Sporting viveu sete minutos de verdadeiro terror – duas bolas nos ferros, duas defesas de Israel e um corte precioso de Coates – e quando chegou o empate (inacreditável como aconteceu), já a Atalanta era dona e senhora do jogo.

Obviamente, Amorim tem orgulho no que faz e com as mexidas procurou o equilíbrio. Só que do lado contrário, Gasperini fez o mesmo e a segunda parte foi um "ai Jesus" para os leões, especialmente os derradeiros 10/12 minutos. O que quer dizer, que a Europa ainda não se fechou, mas se os leões não estudaram bem a lição desta quarta-feira...

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Paulinho dos bons tempos

Chamado a liderar o ataque leonino, por ausência de Gyokeres, Paulinho teve excelente desempenho. Pelo golo que marcou, pelo cartão amarelo arrancado a Hien e por tudo o que fez no equilíbrio no ‘miolo’.

Este Edwards… não dá

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Afirmar-se que Edwards vive a pior fase da época é o mais fácil. Importante era saber as causas. O certo é que no jogo desta quarta-feira esperava-se o Sporting muito dele, mas nem Amorim teve paciência…

Alemão muito disciplinador

Bom desempenho de um árbitro da primeira linha do futebol mundial. Discipli- nador, o alemão mostrou, e bem, por quatro vezes o cartão amarelo, e decidiu melhor no golo anulado a Touré (87’).

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E também

Gyokeres suplente

O avançado sueco Gyokeres foi esta quarta-feira suplente utilizado pela segunda vez nesta época. A outra foi com o Dumiense (8-0) na Taça de Portugal.

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"Tudo em aberto"

"Foi um jogo complicado. É muito difícil contrariar a forma como eles jogam, porque não é normal jogar homem a homem. Mas está tudo em aberto e vamos lá para tentar passar. É difícil fazermos uma análise já, mas temos de ver o que podemos melhorar", disse esta quarta-feira o avançado Paulinho, autor do golo leonino.

"Senti que era mais sobreviver que jogar"

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"Uma coisa são três dias entre jogos, outra são dois. Sente-se a equipa cansada mesmo rodando, mas estamos dentro das competições todas. [Esta quarta-feira], às vezes, senti que era mais sobreviver do que jogar e dividir a eliminatória", lamentou o treinador dos leões, que confia na passagem à próxima fase da Liga Europa. "Para jogar melhor só precisamos de recuperar um pouco melhor. Vamos com a eliminatória viva, não há golos fora e jogamos sempre para ganhar. Está tudo em aberto", salientou o técnico, justificando o onze inicial: "Só quem não viu o jogo com o Farense é que não viu que o Gyokeres estava no limite, perdeu quase todos os duelos individuais."

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