Leão só morde de penálti: Sporting com vitória sofrida frente ao Marítimo
Sporting ganha segundo jogo consecutivo para a Liga com um golo de grande penalidade. Equipa de Amorim foi sempre melhor.
Este leão é dominador, rosna muito, mas só morde de penálti. Este é o retrato dos dois últimos jogos. Foi assim com o Estoril (1-0), e na sexta-feira com o Marítimo, em Alvalade, com uma grande penalidade a castigar uma falta do guarda-redes Paulo Victor sobre Jovane, já no período de descontos.
O Sporting entrou bem no jogo. Amorim procedeu a apenas uma alteração com o regresso de Feddal. Teve mais bola e mais objetividade. Mérito também para o Marítimo, que não trouxe o autocarro para colocar à frente da baliza.
A equipa de Rúben Amorim trabalhou. Trabalhou muito. Criou situações de golo, mas também conseguiu desperdiçá-las. Nuno Santos... foi um santinho. Só na primeira parte teve duas ocasiões. Na primeira fez um chapéu ao guarda-redes, mas a bola saiu por cima após bater na trave. Na segunda ultrapassou Paulo Victor mas o remate de letra falhou o alvo.
Com a etapa complementar, voltou o desperdício de Nuno Santos, que rematou para as mãos do guarda-redes.
O tempo jogava contra os leões e motivava os insulares. Bem organizados a defender e aguerridos nos duelos. Rúben Amorim jogou os trunfos do banco, mas a equipa continuava sem poder de fogo. Mas aos poucos foi sufocando o Marítimo. Porro liderou essa guerra, com cruzamentos para a área e um remate ao poste. Adivinha-se o golo. Paulo Victor travou Jovane na área e Porro não perdoou no penálti. Estava feita justiça no marcador.
Os leões nunca deixaram de acreditar que podiam chegar à vitória. Lutaram até ao último minuto, mesmo quando entraram alguns dos jovens menos utilizados. O triunfo foi o prémio dessa ambição e dessa vontade generalizada.
- Desperdício
Arbitragem: Penálti bem assinalado
Momentos do jogo 26’
74’
O lateral-direito Pedro Porro aproveita o espaço dado pela defesa insular e atira uma ‘bomba’ cruzada, de fora da grande área, com a bola a bater no poste da baliza de Paulo Victor.
90’+4
Jogada de insistência dos leões dentro da área com um toque de Paulinho para Jovane Cabral que é atropelado pelo guarda-redes dos insulares, que acabou expulso. No penálti, Porro fez o 1-0.
Amorim critica Marítimo
Varandas e as curvas no caminho
“Este último ano desafiou-nos com curvas inesperadas. Adaptámo-nos às curvas, mas não ‘curvámos’ a nossa missão, e jamais o nosso caráter. Este é o nosso caminho.” Foi assim que Frederico Varandas se dirigiu aos sócios na mensagem inscrita no Relatório e Contas do clube de 2020/21 que terminou com um lucro de 135 mil euros. O presidente leonino refere mesmo que a época passada “ficará nos 115 anos de história do Sporting como um dos pontos mais altos da procura pela excelência” no clube.
Porro acreditou até marcar o golo Adán
Luís Neto – Cumpriu a defender e até fez uma falta preciosa a travar um ataque.
Coates – Classe e liderança. Acabou a jogar a ponta de lança e a criar muito perigo. Dá alma à equipa.
Feddal – Eficaz a defender mas conservador a atacar.
Pedro Porro - Marcou o penálti, mas foi o melhor dos leões pelo empenho e atitude. Carregou a equipa na parte final e até tem um remate ao poste.
Palhinha – É incansável e está num bom momento de forma. Recupera bolas, ajuda na pressão alta e é eficaz a lançar o ataque.
Matheus Nunes – Cresce a olhos vistos ao lado de Palhinha. Tem um futebol vertical e uma visão de jogo muito acima da média.
Rúben Vinagre – Ainda não recuperou da má exibição que resultou em goleada com o Ajax (1-5). Nota-se que perdeu confiança, mesmo nos passes mais fáceis.
Sarabia – Tem toque de bola, visão de jogo, mas falta-lhe regularidade. Arriscou com uma bomba à entrada da área, mas a bola acabou por sair por cima.
Nuno Santos – Foi o jogador mais perigoso dos leões. Surgiu várias vezes em posição de finalização, mas falhou. Tem um chapéu por cima, uma remate à trave e até tentou marcar de letra. Falhou sempre.
Paulinho – Foge da zona de finalização, mas trabalhou muito. Faz o passe para Jovane que dá o penálti.
Tiago Tomás – Agitou. Procurou o golo de cabeça e com remates.
Jovane – Ativo, mas nem sempre bem. Acabou por sofrer a falta que deu o penálti.
Daniel Bragança – Tem toque de bola, mas faltou-lhe verticalidade.
Esgaio – Aguentou o forte e cumpriu.
Tabata – Refrescou e deu presença de área. Edgar Costa teve de ir para a baliza no penálti
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