Maradona e Romário satisfeitos com detenções na FIFA
Antigos futebolistas consideram que o organismo tem muitos "ladrões" que pouco fazem a bem do futebol.
Os antigos futebolistas Diego Maradona e Romário congratularam-se esta quarta-feira com a prisão de sete dirigentes da FIFA, considerando que o organismo tem muitos "ladrões" que pouco fazem a bem do futebol.
Reação de Maradona
"A FIFA odeia o futebol e a transparência", acusou Maradona, um dos maiores críticos da instituição, que está a "desfrutar" da investigação aberta pela justiça norte-americana sobre corrupção e lavagem de dinheiro na FIFA, até porque nos últimos anos foi "tratado como um louco" pelas suas denúncias e entende que "hoje foi dita a verdade".
"Hoje não há futebol. Não há transparência. Chega de mentir às pessoas e de fazer um 'show' para reeleger Blatter", disse o ex-jogador, de 54 anos, esperançado de que o suíço seja intimado a ir aos Estados Unidos dar explicações.
Maradona elogiou o trabalho das autoridades norte-americanas neste processo e recordou que a FIFA tem "biliões de dólares quando por todo o mundo há futebolistas que não ganham mais de 150".
Nas eleições da FIFA de sexta-feira, Maradona apoia príncipe jordano Ali Bin Al Hussein, o único adversário de Blatter, "que não cumpriu as suas promessas".
Reação de Romário
Já Romário, que agora é senador no Rio de Janeiro, defende que "o lugar dos ladrões é na prisão".
"Muitos corruptos e ladrões que fizeram mal ao futebol foram presos", congratulou-se, inclusivamente pelo facto de a justiça ter detido José Maria Marin, antigo presidente da Confederação Brasileira de Futebol, e do seu vice-presidente, no seu entender algo que indicia "o começo de algo bom para o futebol".
Romário disse ainda esperar que Joseph Blatter não seja reeleito para um quinto mandato na FIFA: "Acho que alguma coisa vai mudar, porque há uma expectativa, pelo menos da minha parte, para que Blatter também seja preso. Podemos ter pessoas dignas como líderes".
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