Negócio de Cádiz em análise no Vitória de Setúbal
Nova direção passa a pente fino processos de transferências.
Paulo Rodrigues, presidente do V. Setúbal, revelou ontem ao CM que vários processos de transferências de jogadores estão a ser escrutinados no clube, entre eles o do avançado venezuelano Cádiz, que se mudou em 2019 para o Benfica.
"Vamos fazer um trabalho com os advogados para sabermos se todos estão certos, se o dinheiro entrou no clube e o que foi feito com esse dinheiro", diz o dirigente sadino. Eleito há um mês, Paulo Rodrigues já apresentou queixas na FIFA e na PJ referentes a 150 mil euros da transferência do defesa Nuno Reis para os búlgaros do Levski, verba que foi depositada numa conta cipriota do ex-diretor desportivo Rodolfo Vaz. Caso se justifique, o presidente vitoriano promete não ficar por aqui: "Fizemos o que nos competia: denunciámos e entregámos o caso às entidades competentes. Se aparecerem outros casos suspeitos iremos fazer a mesma coisa para defender os interesses e o bom nome do Vitória."
Paulo Rodrigues acusa as direções lideradas por Vítor Hugo Valente e Paulo Gomes de gestão danosa. "Fomos eleitos a 18 de outubro e só tivemos acesso às contas bancárias do Vitória há escassos dias. O contabilista e o advogado do clube estão em permanência a trabalhar connosco. Estamos só focados nas informações que temos apurado. Todos os dias resolvemos casos vergonhosos que as gestões anteriores fizeram", disse o ex-empresário de futebol.
Rodolfo Vaz garante ao CM que "o dinheiro que recebeu na sua conta [da transferência de Nuno Reis] foi depois para o Vitória" e que o fez para "garantir que o grupo de trabalho recebesse os seus salários". Paulo Gomes diz-se tranquilo e refere que "assuntos de eventual gestão danosa devem ser tratados na PJ e não na praça pública". Vítor Hugo Valente não atendeu o telefone.
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