"Pinto da Costa dá-me pena"
“Ele que siga o caminho dele e me deixe seguir o meu”.
Tenho boas recordações dele [Pinto da Costa], carinho, mas agora dá-me pena porque a situação do clube piorou imenso. Ele que siga o caminho dele e me deixe seguir o meu." Foi desta forma arrasadora que Julen Lopetegui abordou esta quinta-feira o processo que conduziu à sua saída do comando técnico do FC Porto, em janeiro.
Em duas entrevistas, à RTP e ao jornal espanhol ‘AS’, o treinador garantiu que não pediu a demissão. Uma versão que desmente a antes apresentada por Pinto da Costa. "Porque me iria demitir se estávamos a disputar vários títulos? Estávamos a lutar pelos nossos objetivos. Cinco dias antes de ser demitido éramos líderes da Liga", afirmou.
Lopetegui recordou a época e meia em que esteve ao serviço dos dragões e afirmou que Pinto da Costa se despediu dele entre "lágrimas e abraços". Ainda assim, reforçou as críticas. "Surpreende-me que, três meses depois da minha saída, continue a dizer coisas que não fazem muito sentido. Deve ser uma forma de desviar as atenções do mau momento da equipa", disse. E acrescentou: "Os últimos três telefonemas foram meus, a pedir-lhe que me deixasse despedir dos jogadores, mas ele nunca atendeu. Conheci uma pessoa que agora não reconheço."
Lopetegui abordou ainda a contratação de Adrián López: "Qualquer pessoa do futebol sabe quem ele é. Quero acreditar que no FC Porto sabiam, mas também lá tinham o Rúben Neves e não o conheciam."
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