"Portugal não fez uma exibição tão desastrada"
Fernando Santos reconhece que é preciso melhorar.
Menos de 24 horas após o empate (1-1) frente à Islândia, Fernando Santos falou aos jornalistas numa conferência de imprensa que decorreu esta quarta-feira.
"Quando me levantei, acho que a resposta ainda era outra. Há sempre uma desilusão, estávamos todos em baixo quando chegámos. Mal seria se não fosse assim. Mas quando acordamos e começamos a falar uns com os outros, obviamente que a moral está a subir e está tudo pronto para começar a preparar o jogo com a Áustria com o mesmo empenho e determinação que sempre temos", começou por dizer o comandante da seleção nacional, referindo-se ao duelo que marcou a estreia de Portugal na fase final do campeonato da Europa de futebol.
Apesar do percalço, o técnico das quinas salienta que os objetivos portugueses neste Euro2016 prosseguem intactos.
"O objetivo não mudou em nada. Nunca me viram eufórico, nem depois dos 7-0 à Estónia. Não passo do 8 para o 80. Estou confiante na minha equipa e no que os jogadores têm para dar. Mantenho o mesmo objetivo e dependemos só de nós para o alcançar. No fim acredito que tenhamos um empate e duas vitórias. Acredito plenamente. As contas estão um pouco baralhadas, mas quer Portugal quer a Áustria continuam a ter grandes possibilidades de seguir em frente", acrescentou.
Regressando ao duelo com os islandeses, Fernando Santos reconhece que os jogadores lusos cometeram alguns erros. "Se tivéssemos feito isso tínhamos vencido a Islândia. Não fizemos as coisas todas bem, temos de melhorar alguns aspetos. Esquecemo-nos que há um adversário do outro lado e que teve o grande mérito de defender bem. Fez o seu trabalho. Não fizemos uma exibição assim tão desastrada, mas acho que houve momentos bons e momentos razoáveis. Criámos seis ou sete oportunidades de golo e podíamos, ou devíamos, ter ganho o jogo", recordou.Mudanças à vista no onze
O próximo teste de Portugal será no próximo sábado em Paris, frente à Áustria, num duelo que começa às 20h00 no Parque dos Príncipes, em Paris.
"Ele estava no seu top, mas a opção não era meramente técnica, tinha de ser avaliada também em termos clínicos. Havia risco de contrair uma lesão, o jogador não reunia condições para jogar muito tempo. Foi essa a nossa opção", vincou.
O selecionador falou ainda sobre o capitão CR7, que teve uma exibição apagada em Saint-Étienne. "É o melhor jogador do mundo, mas resumirmos Portugal a Cristiano Ronaldo é redutor. Ele é fundamental, mas a seleção portuguesa não é só Cristiano Ronaldo", frisou.
"Mais que os jogadores, os treinadores deviam ter ponderação na questão do fair-play. Deve começar por nós. E o senhor Lagerback antes do jogo não teve um fair-play muito correto", afirmou Santos, que garantiu a recuperação do médio Danilo Pereira
"Fez exames e não há nenhum problema. Fará trabalho de recuperação como todos os outros titulares e amanhã (quinta-feira) estará no treino normalmente", rematou.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt