"Quero defender a minha honra"

O Benfica e Jorge Jesus não chegaram a acordo no processo movido pelas águias, que acusam o ex-treinador de traição e de mentir e, por isso, exigem uma indemnização de 14 milhões de euros. O julgamento está agora marcado para junho de 2016. "Só quero defender a minha honra, dedicação e lealdade nos anos em que tive êxitos pelo Benfica", disse o técnico.

Jorge Jesus chegou esta terça-feira ao Tribunal do Barreiro acompanhado pelo advogado Rogério Alves para uma audiência que visava a tentativa de conciliação entre as partes, conforme prevê a lei. Meia hora bastou para se confirmar, tal como esperado, que o diferendo se mantém.

"Combinámos que não há declarações. O julgamento está marcado para junho de 2016", disse João Correia, advogado do Benfica, ao lado de Rogério Alves, representante de Jorge Jesus .

O agora treinador do Sporting também falou para colocar um ponto final no assunto. "Nunca pensei estar nesta situação, já estive na sala de audiências, a partir de agora é com os meus advogados", afirmou, antes de entrar para o carro.

O Benfica pede a Jorge Jesus uma indemnização de 14 milhões de euros (de acordo com o clube, trata-se de um euro por cada adepto ) por incumprimento de contrato. As águias acusam o seu ex-treinador de ter estado a trabalhar para o Sporting quando ainda tinha contrato com o Benfica, tendo telefonado a funcionários das águias a pedir informações. O clube afirma mesmo que Jorge Jesus mentiu quando disse que tinha sido impedido de entrar no centro de estágio do Seixal e que os seus pertences foram entregues em sua casa. Acusam-no ainda de apropriação de software confidencial.