Rafa salva Benfica no Minho com golo nos descontos

Resultado permite à equipa de Jorge Jesus regressar à liderança isolada. Próximo jogo é para a Taça da Liga, em Guimarães.

25 de outubro de 2021 às 01:30
Rafa Silva Foto: Luís Vieira, Movephoto
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Vitória sofrida, no último suspiro, também vale três pontos e garante o regresso do Benfica à liderança da Liga, dividida durante 24 horas por FC Porto e Sporting. Rafa Silva, nos descontos, fez o único golo diante de um Vizela que colocou muitas dificuldades aos encarnados e que, por isso, merecia outro resultado.

Não, o Benfica não tirou coisas positivas da goleada sofrida com o Bayern (se é que havia algumas), como disse Jorge Jesus. Em Vizela, as águias estiveram a dormir praticamente toda a primeira parte.

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Pela frente, uma equipa que tentou aproveitar os erros dos encarnados (que foram muitos) e que dispôs de três chances claras para marcar, que Odysseas conseguiu anular.

Já a formação de Jorge Jesus, muito lenta e a tentar os passes curtos e frontais, só teve uma clara oportunidade de golo e apenas à passagem da meia hora de jogo: Diogo Gonçalves (única mudança face ao onze que jogou com os alemães para a Champions) disparou para defesa fantástica de Charles.

Jesus bem gesticulava para dentro de campo, mas os seus jogadores raramente seguiram as indicações. O cansaço pode justificar grande parte da má exibição das águias até ao descanso, mas não explica tudo.

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As melhorias do Benfica foram poucas após o intervalo, mas ainda assim serviram para empurrar o Vizela para a sua área. Ao contrário do primeiro tempo, o Benfica, mesmo sem jogar bem, teve mais chances. Do outro lado, o Vizela, sempre muito incómodo, não deixava o adversário serenar.

Jesus mudou, tirou os laterais e pôs mais gente na frente, mas isso não foi sinónimo imediato de mais perigo. O Vizela baixou linhas e assumiu a defesa do 0-0 sem grandes sobressaltos.

Perto dos noventa, o Benfica voltou a carregar e esteve perto de marcar por Radonjic e Taarabt. Quando já ninguém acreditava noutro resultado que não o nulo, Pizzi puxou do seu melhor atributo e fez um passe de morte para Rafa, que acabou por decidir o jogo.

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Depois de duas derrotas (ambas no Estádio da Luz) e uma vitória no prolongamento (com o Trofense para a Taça de Portugal), a águia regressou aos triunfos. Sofreu, é certo, mas garantiu a liderança isolada na Liga. Quarta-feira há mais, também no Minho, para a Taça da Liga, com o V. Guimarães.

POSITIVO E NEGATIVO

+ Ambiente fantástico

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O golo nos descontos provocou muita desilusão, mas os adeptos do Vizela estão de parabéns. Um apoio fantástico com um adversário que normalmente enche os estádios. Não foi o caso. Os adeptos mereciam um pouco mais, mas o futebol é isto.

- Entrar a dormir

Mudar o chip depois da Champions e ainda por cima depois de uma goleada não é fácil. O Benfica entrou a dormir e só deu sinais de retoma à passagem do minuto 30. O Vizela também contribuiu para esse período para esquecer das águias.

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ARBITRAGEM

Sem casos

Sempre muito perto dos lances, não teve casos complicados para decidir. Também os assistentes tiveram um final de tarde acertado no que aos foras de jogo diz respeito. Boa decisão ao anular golo a Rafa por posição irregular.

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"Fizemos de tudo para ganhar"

Ainda assim, o técnico deixou algumas críticas ao antijogo do emblema vizelense: "Ainda são algumas características do futebol português que estão enraizadas". "Quando vens de uma competição como a Champions, com 70 mil nas bancadas, e chegas a um estádio completamente diferente… Por muito que fales com os jogadores, que digas que o objetivo é o campeonato, isto é mental", reconheceu.

"Quisemos sempre ganhar"

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"Sabia que Rafa não estava em condições"

Pizzi serviu de bandeja o salvador

o Diogo Gonçalves – Ativo na direita, foi dos primeiros a rebentar e a sair.

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o Lucas Veríssimo – Central feroz, limpou o que lhe apareceu pela frente.

o Otamendi – O capitão cortou e saiu várias vezes a jogar.

o Vertonghen – Cortes de bom nível, protagonizou uma jogada aos 35’ de craque.

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o Grimaldo – A dinâmica do costume na esquerda, ontem inconsequente.

o Weigl – O pêndulo do meio-campo, a cortar jogo e a sair com muito critério.

o João Mário – O tipo de jogo habitual, ontem menos vistoso e com pouca sequência.

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o Rafa - O avançado não fez grande exibição mas foi ele que resolveu o jogo e garantiu os três pontos. Ontem correu quilómetros e ainda teve ‘combustível’ para ser ele a encostar para a baliza.

o Darwin – O avançado quer muito, trabalha muito, corre muito mas, na área, tem falta de critério - a finalizar e também no último passe.

o Yaremchuk – O ucraniano fartou-se de lutar perante boa dupla de defesas-centrais.

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o Gonçalo Ramos – Deu muita luta à defesa contrária mas não teve muita bola.

o Everton – Agitou na esquerda, mas pouco.

o Rodonjic – Entrou bem no jogo, deu intensidade à direita, fletindo para o centro.

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o Pizzi – Essencial a fazer a assistência para o golo.

o Taarabt – Ajudou a ganhar.

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