Tarde cinzenta do novo dragão: FC Porto segue imparável na liga, mas desempenho da equipa desilude

José Mourinho, acompanhado do seu mais fiel escudeiro, Rui Faria, esteve no Dragão e, certamente, não deve ter regressado a casa satisfeito, como acontecia na maior parte do tempo em que foi técnico do FC Porto, pois a sua equipa vencia e não era cinzenta, tal a qualidade do seu futebol. E até nós, que muito temos gostado do novo dragão, ficámos bastante desapontados com o desempenho da equipa, exceção para os derradeiros 20 minutos, incluindo descontos. Não estando em causa a justiça do triunfo, mérito ao Nacional pelas dificuldades criadas, esperava-se muito mais do incontestado líder da Liga. Ressaca de uma jornada de seleções, diz-se. Ou desculpa esfarrapada…

Com Kiwior em estreia, Pablo Rosário adaptado a defesa direito, Mora titular e Samu e Pepê de regresso, o primeiro tempo dos portistas foi intenso, pressionante, cheio de entrega, mas tudo espremido teve pouco de futebol, para mais depois da produção em Alvalade. Não fora o penálti convertido (houve outro não assinalado), esses 45 minutos teriam sido ainda mais enfadonhos. O certo é que (o futebol é assim) esse disparo de Samu valeria três pontos, embora Labidi, mesmo em cima do intervalo, quase gelasse o Dragão.

A diferença tangencial convidava o Nacional a ser atrevido. Foi isso que se passou. Pressão alta, Froholdt, Mora e Sainz com pouco espaço de manobra e a coisa mudou um pouco de figura. Só que Farioli fez três mudanças (a de Nehuen Perez correu mal) e com o empurrão das bancadas voltou o jogo a seu favor e aí, sim, viu-se um pouco do que se conhece. Suficiente para garantir triunfo e liderança consolidada. Sem companhia.