Benfica sofre mas garante apuramento para os 'quartos' da Liga Europa

Com a paciência própria de uma equipa madura, que aceitou as dificuldades impostas pela capacidade física, jogo direto e frenesim adversário, sem falar nas condições em que se jogou, o Benfica soube esperar pelo momento certo para disparar a seta (Rafa) que acertou em cheio no enorme coração escocês e lhe garantiu a continuidade na Liga Europa. Daí até afirmar-se que teve em Glasgow uma noite de sonho vai grande distância, mas seguir em frente na prova assenta-lhe bem.

Assenta-lhe bem porque depois de uma primeira parte em que não aconteceu quase nada – a não ser a emocionante homenagem ao adepto do Rangers que faleceu em Lisboa na semana passada –, com um jogo previsível das duas equipas (escoceses a quererem chegar sofregamente à área de Trubin de qualquer maneira, Benfica a defender-se com grande sentido de entreajuda e sempre à espreita de um contra-ataque), onde, futebolisticamente, o guarda-redes encarnado ia deitando tudo a perder (seria o frango do ano…), valeu a pena esperar pelos segundos 45 minutos.

Porque o Rangers evidenciou ainda maior vontade, mas o Benfica, com a entrada de Tengstedt, começou a movimentar-se melhor no ataque, a preencher melhor os espaços. E já depois do avançado ter desperdiçado uma boa chance, aconteceu o lance tão desejado: canto contra o Benfica, Florentino coloca a bola em Di María, que de cabeça isola Rafa. Corrida louca rumo à baliza, disparo certeiro, árbitro anula, VAR confirma e… Benfica em frente na competição.

Benfica que se acalmou e nos últimos 25 minutos conseguiu exibir alguns predicados. Porque no futebol não há nada melhor para acalmar o nervosismo do que um golo!

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