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Correio da Manhã

Desporto

Frango de Casillas atrasa dragão

Guarda-redes espanhol facilitou e consentiu um golo evitável.
Nuno Miguel Simas 18 de Janeiro de 2016 às 08:21
Iker Casillas deixa a bola à mercê de Bouba Saré, que faz o golo com que o V. Guimarães vence o FC Porto no Estádio D. Afonso Henriques
Iker Casillas deixa a bola à mercê de Bouba Saré, que faz o golo com que o V. Guimarães vence o FC Porto no Estádio D. Afonso Henriques FOTO: Luís Vieira

O FC Porto deu este domingo um passo atrás na corrida ao título, com a derrota no terreno do V. Guimarães por 1-0. Foi o primeiro desaire de Rui Barros no comando técnico dos dragões, segundo nos últimos três jogos longe do Dragão para a Liga (derrota frente ao Sporting em Alvalade – ainda com Lopetegui – e vitória no Bessa, diante do Boavista).

Num jogo que tinha o ingrediente suplementar de colocar Sérgio Conceição, treinador do V. Guimarães, no caminho do FC Porto (técnico tem sido apontado à sucessão de Lopetegui), a equipa vimaranense teve grande brio e atitude competitiva. A juntar a essas duas virtudes, beneficiou de um erro básico de Casillas, que num lance aparentemente inofensivo e quando podia agarrar a bola, que pingou na área, deixou-a fugir. Oportuno, Saré rodou e fez o golo, aos quatro minutos. Casillas reconheceu e pediu desculpa aos adeptos portistas.

Havia muito tempo para tentar recuperar, mas o FC Porto nunca disfarçou o nervosismo de um balde de água fria despejado ainda mais a frio. Houve muita iniciativa portista, remates de muitos lados, tentativas de desmobilizar a fortíssima organização vimaranense, mas a tudo faltou o sentido final. Pela frente, o FC Porto também encontrou um guarda-redes bastante inspirado - Miguel Silva.

Miguel Silva negou oportunidades a Corona, André André, Danilo, Aboubakar e Brahimi e as aproximações do FC Porto à área contrária nunca passaram de ameaças, que iam frustrando cada vez mais a equipa portista.

Já o V. Guimarães nunca abdicou da ideia de fazer do coletivo a melhor arma, ao passo que o FC Porto ia apostando mais nas jogadas individuais, muitas vezes excessivamente individualizadas, o que aconteceu com Brahimi. Com o correr do relógio, as tendências acentuaram e o FC Porto perdeu. Está agora a cinco pontos do Sporting (líder) e a três do Benfica (2º lugar).
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