A edição de hoje
Melhor Benfica da época esbarrou num Sporting eficaz, sempre em vantagem.
Um dérbi da Luz definido pelo dérbi de Alvalade. Um empate a dois golos num clássico eletrizante que acaba com sinal verde e o Sporting a seguir em frente para a final do Jamor. O melhor Benfica não chegou para virar as contas da primeira mão.
É uma história que fica para a História. O futebol português tem coisas boas, coisas más e coisas mais... inusitadas. E houve de tudo isso neste grande clássico, que até começou logo com um carregador de telemóvel atirado por um adepto para o relvado. Era a metáfora perfeita para um jogo que esteve sempre ligado à corrente da Luz.
Hjulmand teve na cabeça o primeiro lance de perigo, mas foi música de uma nota só. O Benfica pegou na batuta do encontro, dominou os duelos, amarrou o Sporting e só não se mostrou afinado na hora do remate. Via-se do melhor apresentado pela equipa de Schmidt nesta temporada. Uma, duas, três oportunidades claras de golo, até aos 20 minutos: Rafa atirou ao lado, Tengstedt acertou na barra e Di María em Franco Israel.
Rúben Amorim apostou em algumas surpresas no onze e terá ficado satisfeito em poder chegar ao intervalo para alterar a rota, isto sem danos na vantagem obtida no jogo de Alvalade (2-1). Depois de 45’ de alta tensão, era tempo de recarregar baterias, carregadores de adeptos à parte. E de Rúben Amorim mexer na equipa, claro.
Uma, duas, três entradas: Matheus Reis, St. Juste e Catamo. E quem muda, Deus ajuda. Dois minutos e golo do Sporting, num remate indefensável de Hjulmand, depois de uma jogada de Gyokeres.
Dado o primeiro golpe, o Benfica não caiu. Já que os da frente não o conseguiam, foi o capitão de abril, Otamendi, a fazer o 1-1, num cruzamento de Neres. Ainda se reanimavam as bancadas da Luz e já o Sporting voltava a marcar. Centro de Catamo e Trubin a dar o golo a Paulinho.
Dado o segundo golpe, o Benfica não caiu. Gyokeres enviou uma bola ao ferro um minuto antes de Rafa encostar para o 2-2 um cruzamento de Bah. Incrível. Até ao último segundo, grandes defesas dos dois lados e o Benfica a investir sem sucesso contra o muro de Amorim. Neste empate, só venceu um. Para o Jamor, há Luz verde, graças a Alvalade. E em Alvalade, há mais, e é já no sábado.
Amorim a sorrir apesar do empate entre técnicos
O histórico dos dois técnicos começou na época passada, quando o alemão assumiu o comando das águias. Os dois duelos para o campeonato terminaram com o mesmo resultado (2-2).
Esta temporada, na 1.ª volta da Liga, na Luz, Schmidt venceu por 2-1. Amorim respondeu com um triunfo pelo mesmo resultado (2-1) na 1.ª mão das meias-finais da Taça de Portugal, em Alvalade.
Com nova igualdade registada esta terça-feira, e outra vez por 2-2, o balanço entre os dois treinadores continua empatado. Já no sábado, para a Liga, haverá nova oportunidade para um dos técnicos superar o outro. O encontro em Alvalade poderá ser decisivo na luta pelo título, embora o Sporting tenha menos um jogo.
Volume de jogos fica equilibrado
POSITIVO
Obrigado, podem Repetir?
Fantástico jogo de futebol. Só um podia sair por cima, mas o Benfica tem motivos para sentir confiança para o que falta da temporada. Grande jogo da equipa de Schmidt, com Neves e Di María em destaque. Franco Israel foi decisivo para segurar a passagem. Sábado, é repetir!
NEGATIVO
Trubin no pior momento
Atenção, Trubin evitou outros lances para golo do Sporting, contudo, o erro que dá o golo de Paulinho aconteceu no pior momento possível e pode ter decidido uma eliminatória em que o guarda-redes não esteve particularmente feliz. E, hoje, ainda mais em contraste com Franco Israel.
ARBITRAGEM
Lance difícil com Rafa
Rafa queixa-se de falta para penálti num lance em que há de facto contacto com Coates. A análise é muito complicada e, por isso, fez bem o VAR em não intervir. Fica o benefício da dúvida para João Pinheiro, num jogo em que tentou não assinalar faltas e faltinhas e privilegiou o espetáculo.
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