Portistas já só têm dois pontos de vantagem sobre o Benfica após perderem por 1-0 com o Paços de Ferreira.
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E ao jogo 35, o FC Porto caiu. O P. Ferreira infligiu ontem a primeira derrota nas competições nacionais ao líder da Liga, ficando agora só com dois pontos de vantagem sobre o Benfica e a oito do Sporting, que hoje defronta o D. Chaves e pode reduzir a diferença para cinco pontos, em caso de vitória.
Foi um FC Porto remendado e apático aquele que esteve ontem em Paços de Ferreira. As condições climatéricas adversas e o relvado alagado em várias zonas não explicam tudo, mas ajudaram a equipa que defendia.
A bola não rolava rápido, devido à água na relva, e o FC Porto perdeu o seu poder de fogo. Os laterais portistas Dalot e Ricardo não conseguiam criar desequilíbrios. Corona viu a sua melhor arma, a velocidade, anulada. Só Brahimi ia conseguindo um cruzamento para a área de Mário Felgueiras.
No ataque, Aboubakar mostrou-se fora de forma e preso de movimentos. Não faz esquecer Marega e Soares, que nem estavam no banco.
A complicar ainda mais as pretensões portistas esteve a postura dos jogadores pacenses. Feridos no orgulho e em zona de despromoção, que deixaram com este triunfo, fizeram das tripas coração. A sua maior arma foi o coletivo e a solidariedade entre setores.
O golo apontado por Miguel Vieira, após assistência de Filipe Ferreira, fez os pacenses cerrarem fileiras. Abusaram do antijogo. Defenderam os pontos com as armas que tinham.
Pela frente, esteve um FC Porto nervoso. A falta de capacidade criativa da equipa deu lugar a quezílias e protestos desnecessários contra adversários e equipa de arbitragem.
Mesmo assim, os dragões até tiveram oportunidades para marcar, mas Aboubakar foi perdulário em duas situações só com o guarda-redes Mário Felgueiras pela frente.
Na etapa complementar, os dragões entraram mais fortes. Felipe até sofreu uma falta para grande penalidade ao ser empurrado por Rui Correia. Brahimi, sem convicção, rematou ao alcance de Mário Felgueiras.
A defesa do guarda-redes pacense fez toda a equipa acreditar que podia amealhar os três pontos. Souberam explorar a noite desinspirada dos portistas, que protestavam por tudo e por nada. Meteram gelo no jogo. Ficaram mais tempo no chão, demoraram a repor a bola. Hernâni ainda teve o golo nos pés, mas desperdiçou. O P. Ferreira travou o líder da Liga e relançou o campeonato nacional.
"A outra equipa não quis jogar"
"Jogar aqui com estas condições de muito vento e chuva é difícil principalmente na 1ª parte. Depois do golo não houve mais jogo. Estou completamente desiludido com este constante antijogo. A outra equipa não quis jogar", disse o técnico Sérgio Conceição no final do jogo. Visivelmente incomodado com o resultado, o treinador insinuou-se contra o adversário e árbitro de jogo: "Foi incrível. Não me lembro de estar presente num jogo assim. Imagino o espectador em casa. Uma coisa que nunca vi. Não se jogou. Gostava de saber o tempo útil do jogo." Ainda assim , Sérgio Conceição criticou a equipa. "O desagrado foi geral, não foi só o meio-campo", salientou o treinador, reconhecendo que a melhor resposta é vencer "já o próximo jogo".
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Análise do jogo
Positivo: Mário Felgueiras
Cedo mostrou que o FC Porto não ia ter uma tarefa fácil para marcar. Com um punhado de grandes defesas deu confiança à equipa para atacar e defender bem. Parar a grande penalidade apontada por Brahimi foi um tónico para toda a equipa.
Negativo: Brahimi falha penálti
Sem tirar o mérito ao guarda-redes Mário Felgueiras, a verdade é que o penálti de Brahimi foi apontado sem convicção. Um falhanço que custa, para já, três pontos, mas pode traduzir-se num custo muito maior nas contas finais do campeonato.
Arbitragem: Arbitragem segura
Bruno Paixão esteve bem na grande penalidade assinalada por falta sobre Felipe. Não caiu nas várias simulações de jogadores portistas à entrada da área. Assinalou duas faltas ofensivas, e isso deixou os dragões revoltados. Não tremeu.
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Análise dos jogadores
Felipe - Foi o menos mau. Não está totalmente isento de culpas no golo, mas teve um conjunto de intervenções que evitou o segundo golo. Sofreu a falta do penálti que Brahimi falhou.
Casillas – Um par de defesas difíceis. Precipitação a sair com a bola.
Ricardo – Não subiu como é habitual. Mostrou falta de ritmo a defender.
Marcano – Forte a defender, acabou contagiado pela apatia geral da equipa.
Dalot – Acusou o terreno pesado, mas ainda conseguiu cruzamentos perigosos.
André André – Faltou alguma objetividade no seu jogo, mas foi consistente no meio- –campo.
Sérgio Oliveira – Uma sombra. Não arriscou na longa distância. Um livre por cima.
Corona – O relvado pesado criou-lhe problemas. Retirou-lhe velocidade e poder de fogo à equipa.
Brahimi – Esforçado. É um dos criativos, mas falhou um penálti.
Waris – Tem vontade, mas falta-lhe talento e rotinas. Longe de fazer esquecer Marega ou Soares.
Aboubakar – Está fora de forma. Lento e previsível nos seus movimentos. Desperdiçou duas boas ocasiões de golo na cara de Felgueiras.
Otávio – Refrescou a equipa, mas perdeu-se em protestos desnecessários.
Gonçalo Paciência – Trouxe dinâmica, mas não fez o golo que a equipa precisava.
Hernâni – Irreverente e rápido. Desperdiçou duas boas ocasiões por pura precipitação.
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