Relação de desgaste com os adeptos esteve na base do despedimento de Julen Lopetegui
FOTO: Manuel Araújo e José Moreira
Julen Lopetegui deixou esta quinta-feira de ser treinador do FC Porto, decisão tomada por Pinto da Costa, presidente do clube, ao final do dia. O FC Porto enviou, esta sexta-feira, o comunicado à CMVM.
O técnico basco já não orienta o treino desta sexta-feira e tudo indica que será Rui Barros, técnico adjunto, a assumir a função, para já de forma interina. Também deverá ser ele a orientar a equipa no jogo com o Boavista, no próximo domingo. Certo é que o treino desta manhã será realizado à porta fechada.
Lopetegui ainda dirigiu o treino matinal desta quinta-feira. De tarde foi convocado para uma reunião com a SAD para analisar a situação, sendo que os membros da administração já tinham conversado antes de se sentarem à mesa com o treinador.
Mais tarde, segundo foi revelado ao CM, Pinto da Costa ficou a sós com Lopetegui e foi o presidente que comunicou ao técnico o despedimento. Depois foi tudo uma questão de acerto de contas, o que retardou o processo. Tal como o CM adiantou há poucos dias, a rescisão unilateral por parte do clube implica uma indemnização de cerca de 4,5 milhões de euros; 1,5 milhões pelo que falta desta época, mais 3 milhões pela próxima, pois o contrato entre as partes era válido até final de 2016/17.
Ao CM foi ainda revelado que no contrato de Julen Lopetegui estaria consagrada uma cláusula segundo a qual o valor da rescisão seria agravado em caso de despedimento sem mútuo acordo e que esta salvaguarda poderá levar a indemnização para valores próximos dos seis milhões de euros.
A ideia da SAD, apurou o CM, será agora arranjar uma solução de compromisso até final da época, pois nessa altura André Villas-Boas fica livre do Zenit, clube do qual já anunciou a saída. Contudo, nomes como Nuno Espírito Santo e Paulo Bento ganham força para a sucessão.