Em noite de homenagem a Maria José Valério, a marcha do Sporting segue rumo a um título cada vez mais real.
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A marcha de um Sporting imparável. Em noite de homenagem a Maria José Valério, os homens de Amorim fizeram jus à letra do hino e conseguiram o importante: a vitória. Pote deu vantagem no primeiro remate do jogo e a equipa decidiu tirar uma soneca. O Santa Clara aproveitou a soberba e a preguiça, pecados que só não foram fatais porque o herói Coates, outra vez, resgatou a vitória no último minuto.
Um dia depois de renovar a ligação ao clube até 2024, Rúben renovou o onze, com a opção de Tabata no lugar habitualmente ocupado por Nuno Santos, e Matheus Nunes a ala-direito, a substituir o lesionado Porro.
Dos Açores, viajou uma equipa que queria fazer aquilo que ainda não foi feito neste campeonato - derrotar o Sporting. E a verdade é que a turma de Daniel Ramos entrou mais diligente. Carlos Júnior e Cryzan colocaram em sentido a tão afamada defesa de Alvalade.
O leão estava apertado, mas esta rapaziada de Amorim é ‘quer se possa ou se não possa’, como a marcha de Valério recorda anes de cada partida em Alvalade. Bastou um remate na primeira parte para o intervalo chegar com vantagem caseira.
Pressão alta, bola recuperada por Palhinha, João Mário a passá-la a Tabata e, com muita arte, o brasileiro a solicitar o instinto matador de Pedro Gonçalves. Pote não perdoou e fez o 15º tento no campeonato. Um tiro, um golo, 1-0.
A segunda parte continuou na mesma toada. O Santa Clara a manter o pé na acelerador e a esbarrar no muro defensivo de um leão adormecido e a optar pela caça furtiva, à espera de mais um erro de um adversário que parecia cada vez mais capaz de chegar ao empate.
Os sinais não eram os mais positivos, mas a verdade é que os visitantes iam subindo no terreno sem causar grandes calafrios. E isso não incomodava o Sporting que, porém, caiu na soberba de que estava tudo resolvido. E não estava. Já na reta final do desafio, Rui Costa empatou o jogo e parecia que o Santa Clara ia dar um abanão na luta pelo topo do campeonato.
Parecia. A crença dos pupilos de Rúben Amorim não vai abaixo em qualquer momento. Era a hora Coates. Mais uma vez, o uruguaio foi gigante e resgatou a vitória, ao responder a um cruzamento de João Mário. E lá está, quando parece que não pode, este Sporting pode tudo. E tudo indica que pode ser o próximo campeão nacional.
"Não foi o melhor dos nossos dias"
Sobre o recorde de jogos sem perder, Amorim desvalorizou: "Só quero ganhar ao Tondela. Trocava isso por uma vitória frente ao Tondela."
Coates, que marcou o golo da vitória, disse que a equipa nunca vai desistir de um resultado. "O jogo, até que o árbitro não apite, não acaba. Essa é a mensagem que o grupo está a dar: é até ao fim", referiu o central uruguaio de 30 anos.
"Trabalhamos para manter a espinha dorsal da equipa"
Capitão coragem resgata o líder
o Adán – Uma desatenção numa saída dos postes. De resto sem problemas. Sem culpas no golo açoriano.
o Gonçalo Inácio – Começou algo apático, mas depois melhorou e arrancou para uma exibição segura.
o Coates - A autoridade e tranquilidade do costume. Um cabeceamento perigoso ao lado antes do minuto noventa e depois o golo que valeu a festa ao Sporting, que soma e segue na Liga.
o Feddal – No pouco trabalho que teve correspondeu com eficácia, exceto no lance do empate. Assistiu Rui Costa para o 1-1. Saiu logo a seguir.
o Matheus Nunes – Num novo papel, no lugar de Porro, cumpriu sem deslumbrar.
o Nuno Mendes – Tentou algumas descidas pelo flanco, mas sem efeitos práticos.
o João Palhinha – O trabalho abnegado do costume. Músculo e competitividade pararam as descidas açorianas.
o João Mário – A marcar o compasso da equipa. Um cruzamento forte para o 2-1.
o Tabata – Outra das surpresas no onze. Uma assistência perfeita para o 1-0.
o Pedro Gonçalves – Mais um golo (o 15º na Liga do melhor marcador da Liga). Duas descidas no segundo tempo.
o Tiago Tomás – Pouco em jogo. Lutou na frente, mas não foi a sua noite.
o Matheus Reis – Deu força ao lado esquerdo da defesa.
o Nuno Santos – Começou a jogada da vitória.
o Daniel Bragança – Mexido.
o Jovane – Quase marcava.
ANÁLISE
+ O minuto 90 e Coates
Há quem lhe chame sorte, há quem lhe chame estrelinha. Se é para astronomia, então também há espaço para um cometa Coates, símbolo da crença leonina, que volta a resgatar uma vitória nos descontos. Aos 90+4’, ou 90 e Coates, se preferirem.
- Pecados quase capitais
A liderança desafogada no campeonato pode dar espaço para este tipo de situação. O Sporting teve na soberba e na preguiça dois pecados que iam sendo fatais. Dois remates em 75 minutos é muito pouco, por muita confiança que haja na defesa.
Jogo controlado
Muito bem ao não apitar a cada queda, voltou, porém, a cometer um erro que já repetiu nesta época, ao apitar antes de deixar concluir um lance de perigo. Ainda assim, arbitragem muito positiva. Decidiu bem ao mandar jogar nos pedidos de penáltis.
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