Numa ata de reunião do comando metropolitano de Lisboa o superintendente António Alves Martins assume falhas de comunicação graves da PSP no terreno e acusa os agentes de autoridade de não terem cumprido a sua missão com profissionalismo. A revista feita à entrada do recinto desportivo foi apenas através de apalpação.
O caso do Very Light que levou à morte de um adepto no estádio do jamor ainda está bem presente nas memórias dos portugueses, mas especialmente na família da vítima. O adepto sportinguista Rui Mendes morreu nessa tarde, que devia estar reservada para a festa do futebol. A família de Rui não se conforma com a tragédia e os vizinhos afirmam que era um bom rapaz e que o clube era o seu grande amor.
Romão Soares Rodrigues, atualmente com 69 anos, foi o primeiro bombeiro a tentar salvar a vida a Rui Mendes poucos minutos depois de ser atingido com o very light perto do pescoço. Vive até hoje com a angústia de não ter conseguido salvar o adepto.
Manuel Coutinho serviu a PSP ao longo de 22 anos e afirma não conseguiu ficar indiferente ao conteúdo do documento confidencial que lhe foi parar às mãos e que encerra agora novas revelações sobre os incidentes que provocaram a morte ao adepto. As provas apresentadas ao Ministério Público e à direção nacional da PSP foram ignoradas.
Foi o antigo sub-chefe que enviou o documento do qual a PSP de Lisboa assume responsabilidades de um acidente gravíssimo no Jamor.