A edição de hoje
Árbitro não marcou penálti a favor do V. de Guimarães.
Minuto 74. Renato Sanches recebe a bola à entrada da área vimaranense e remata forte na direção da baliza. A bola rechaça no corpo de Bruno Gaspar e volta aos pés do novo menino de ouro do Benfica. Sem pedir licença, porque já ganhou estatuto para dispensar o formalismo, o jovem de 18 anos volta a rematar de pronto e faz um golo de bandeira. Um golo que garantiu o triunfo dos encarnados e lhes permitiu, ao final da tarde, ficar com a certeza de que poucas horas depois, do clássico de Alvalade, só poderiam chegar boas notícias, porque distâncias iriam ser encurtadas para alguém.
A vitória do Benfica foi muito contestada pelo V. Guimarães. Dentro do campo, primeiro, fora dele, depois. Por partes: os vimaranenses foram superiores durante mais tempo. Deram-se ao jogo e deram tudo o que tinham. Apostaram forte numa toada intensa, num futebol de pressão, numa velocidade que cedo se percebeu ser uma estratégia de alto risco, porque remetia mais para a frente uma fatura de esforço que inevitavelmente iria aparecer. A aposta era chegar a esse momento em vantagem no marcador. Mas o golo não apareceu, apesar dos esforços de Otávio e Licá, este alvo de uma carga para penálti, cometida por Lisandro, que o árbitro ignorou, originando muitos protestos locais.
O ponto de viragem aconteceu aos 65 minutos, quando o Benfica conseguiu finalmente criar uma jogada de perigo dentro da área contrária, que Pizzi desperdiçou. Nessa altura, o pulmão vimaranense parou. O golo era uma inevitabilidade que Renato Sanches consumou.
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