Hamilton e a luta contra o racismo
O piloto com herança afro-caribenha (o único desde o início das corridas de Fórmula 1, em 1950), tem contribuído para a mudança no desporto motorizado. A Mercedes mudou a pintura dos carros de prata para preto, o movimento contra o racismo Black Lives Matter (BLM) ganhou notoriedade e o piloto tornou-se num símbolo da luta contra o racismo ao ajoelhar-se e e erguer o punho cerrado a cada vitória.
O gesto é já realizado por outros colegas, mas admite que este é ainda um caminho a percorrer.
"Estou num desporto dominado pelos brancos e, como sabem, é preciso ter muito, muito cuidado na forma como abordamos o tema", admitiu, sublinhando a importância de manter o assunto na opinião pública.
A Comissão de Hamilton contribui igualmente para a luta contra o racismo. Numa parceria com a Royal Academy of Engineering, o projeto pretende identificar as dificuldades de africanos para entrarem no automobilismo.
"A maioria das pessoas presume que sejam pilotos de corrida, mas existem tantos empregos excelentes no meu setor: marketing, engenharia, contabilidade, catering", destacou o piloto, que pretende mudar a modalidade nos próximos 10 anos.
"Eu quero olhar para a Fórmula 1 daqui a 10 anos e realmente ver a mudança porque sim, nós agora temos o movimento Black Lives Matter e há um 'microfone', as pessoas estão a perceber, mas temos que trabalhar realmente para ativar a mudança", relembrou Hamilton, que pretende conseguir o seu objetivo mesmo depois de se retirar da competição.
Estrelas do desporto unidas contra o racismo
São várias as estrelas afrodescendentes no desporto mundial que recorrem à sua influência para chamarem à atenção para as questões do racismo, abordadas de forma cautelosa anteriormente.